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O humor pode ser bem inglês. Mas, O Manifesto (1986), do dramaturgo inglês Brian Clark, é uma história de apelo universal. É o que aponta o êxito de suas montagens em diversas capitais mundiais.

Em Londres, os atores Sir John Mills e Rosemary Harris viveram pela primeira vez os papéis da dama progressista e do general de direita. Na Broadway, pouco depois, o casal foi interpretado pelos já consagrados Jessica Tandy e Hume Cronyn. Ambas as versões foram encenadas por Peter Hall, que não permitia sequer um movimento de luz, uma vinheta instrumental ou um traço cênico mais evidente de calor humano. O espetáculo era feito apenas de sutilezas e do brilhantismo de seus intérpretes.

Clark é um dos dramaturgos mais respeitados da Inglaterra. Uma de suas peças de maior sucesso é De Quem É a Vida, Afinal?, originalmente produzida para a televisão britânica, com um homem no papel principal. Em 1979, Clark transformou o personagem em uma mulher, e a peça estreou na Broadway, com Mary Tyler Moore como protagonista. Em 1982, o diretor John Badham adaptou o texto para a telona, com título homônimo. O elenco contava, entre outros atores, com Richard Dreyfuss e John Cassavettes.

Recentemente, a peça fez temporada de sucesso em Londres, em 2005, protagonizada por Kim Cattrall (a assanhada Samantha, de Sex and The City). Ela fez o papel de uma escultora que luta pelo direito de morrer depois de ficar tetraplégica em um acidente de carro.

O crítico de cinema Luiz Carlos Merten, do jornal O Estado de S. Paulo, escreveu em seu blog, no último dia 2, a respeito do diretor de O Manifesto, em cartaz na capital paulista: "Este Brian Clark é o Peter Weir do teatro. Sabe tornar palatáveis, para platéias burguesas os temas mais espinhosos".

Clark também é autor das peças Post Mortem, Kipling e In Pursuit of Eve. Escreveu mais de 20 peças e séries para a tevê inglesa.

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