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Beyoncé ganhou seis troféus Grammy no último domingo, em Los Angeles | Reuters
Beyoncé ganhou seis troféus Grammy no último domingo, em Los Angeles| Foto: Reuters

Casal dos milhões

Beyoncé e Jay-Z são o casal mais poderoso do mundo, segundo a lista da revista de economia Forbes. Entre junho de 2008 e junho de 2009, os dois faturaram US$ 122 milhões, garantindo o primeiro lugar. Esse dinheiro todo vem de suas músicas, filmes, perfumes e contratos publicitários. Eles superaram os favoritos Brad Pitt e Angelina Jolie (3º lugar) e David e Victoria Beckham (5º lugar).

Veja a lista:

1) Beyoncé Knowles e Jay-Z (US$ 122 milhões)

2) Harrison Ford e Calista Flockhart (US$ 69 milhões)

3) Brad Pitt e Angelina Jolie (US$ 55 milhões)

4) Will Smith e Jada Pinkett Smith (US$ 48 milhões)

5) David e Victoria Beckham (US$ 46 milhões)

6) Ellen DeGeneres e Portia de Rossi (US$ 36 milhões)

7) Tom Hanks e Rita Wilson (US$ 35,5 milhões)

8) Jim Carrey e Jenny McCarthy (US$ 34 milhões)

9) Tom Cruise e Katie Holmes (US$ 33,5 milhões)

10) Chris Martin e Gwyneth Paltrow (US$ 33 milhões)

Rio de Janeiro - Beyonce Giselle Knowles, 28 anos, chega ao Brasil no auge da fama e fortuna. Eleita "A Mulher de 2009" pela revista de música Billboard, incluída em quarto lugar na lista das cem celebridades mais poderosas do mundo da revista de economia Forbes (atrás apenas de Angelina Jolie, Oprah Winfrey e Madonna), ela e o marido Jay-Z fo­­ram apontados pela mesma Forbes como o casal mais poderoso do mundo (veja quadro). E acaba de fazer história ao se tornar a mulher mais premiada numa única noite do Grammy – o Oscar da música –, conquistando seis dos dez troféus a que concorria.

Sua beleza jambo estonteante é apoiada por estatísticas vitais invejáveis: altura: 1m70; peso: 59 quilos; busto: 89cm; cintura: 64cm; quadris: 102cm. Mas bem mais impressionantes são suas estatísticas bancárias: mais de 25 milhões de discos vendidos em seis anos de carreira-solo, somados aos 50 milhões do Destiny’s Child, grupo vocal com que começou a carreira.

As comparações com Madonna são inevitáveis. Embora esta tenha arrecadado mais do que Beyoncé, é preciso levar em conta que a veterana de 51 anos está há muito mais tempo na estrada e, não demora muito, Bee (um de seus apelidos) vai superar os ganhos anuais de US$ 110 mi­­­lhões da Material Girl – ela que já chegou à casa dos 87 milhões. Seu último álbum, I Am... Sasha Fierce, já vendeu 2,7 milhões de cópias nos EUA, contra 1 milhão de Hard Candy, o último de Madonna. Sua balada "Halo" foi a música mais tocada nas rádios brasileiras em 2009.

Pragmática como manda o showbiz nos dias de hoje, Beyoncé tem caído em poucas e boas contradições. Embora suas canções privilegiem o universo feminino, foi criticada pelas feministas mais radicais por "Single Ladies", que reflete um anseio irresistível por uma aliança de casamento. Empenhada na campanha de Barack Obama, Beyoncé chegou a cancelar shows na Europa para ir à caça de votos para seu candidato. Foi recompensada com o convite pa­­ra fazer o show no baile inaugural da Presidência.

Mas Beyoncé foi duramente criticada por cantar na festa de réveillon do filho do ditador líbio Muamar Gadafi, na ilha de St. Barts, no Caribe. A CNN pegou pe­­sado: "Os assessores de Beyoncé ge­­­ralmente tomam boas decisões. Parece que alguém dormiu na direção, ou o dinheiro era tão bom que eles pensaram ‘Que se dane a opinião pública, vamos pegar essa grana.’" Uma grana que nem era muito pelos padrões beyonceanos, uns meros US$ 2 milhões . Dinheiro que pode até ter servido para as boas causas sociais de Mothe (outro de seus apelidos). Sua fundação Survivor presta assistência a vítimas de catástrofes como a do furacão Katrina em Nova Orleans.

Seu cachê no filme Cadillac Records foi destinado a associações que cuidam de viciados em drogas. Ela participou com empenho dos recentes concertos de astros pop em prol do Haiti.

Os shows do I Am... Tour trazem aquele monumentalismo dos grandes espetáculos da música pop que querem ficar a todo custo inesquecíveis. Duas horas e meia de som, luzes e efeitos especiais, coreografia e cenografia dignas dos maiores shows de Las Vegas, com Beyoncé voando sobre a plateiia suspensa por cabos de aço. Não à toa a produção tirou o estilista Thierry Mugler do seu dolce far niente e o coroou como o criador da estética do espetáculo. Beyoncé é apoiada por uma banda formada exclusivamente por mulheres, instrumentistas acima de qualquer crítica.

Diva, mas nunca prima donna histérica, Beyoncé faz nesta turnê as exigências protocolares de uma supestrela. Mas nada muito extravagante, considerando as dimensões do espetáculo. Uma mesa com toalha branca, guardanapos de linho, utensílios de prata, copos de cristal, pratos de porcelana chinesa. Os móveis dos quartos onde se hospeda devem ser preferencialmente brancos, com aparelhos de DVD e televisão; a temperatura do camarim de 25 graus com uma iluminação propícia à sua aplicação de maquiagem; o chão do banheiro forrado com tapete de algodão e dispondo de um espelhão imenso de corpo inteiro.

O camarim deve ter uma antessala para dez pessoas e iluminação que simule a do palco. Muitas flores brancas, sem pólen, frutas americanas típicas, como mertilos e amoras, e também frutas tropicais como bananas, abacaxi e mangas. O departamento líquido inclui suco de aloe vera, águas vitaminadas e isotônicos de tangerina, morango e limão, que também devem estar disponíveis no palco. Quanto à comida, ninguém precisa esquentar: a cantora trará seu próprio chef dos Estados Unidos.

Em São Paulo e Salvador, Ivete Sangalo abrirá o espetáculo para Juju (ainda outro de seus codinomes). Será o grande encontro das musas baiana e texana, do axé com o pop negro americano.

O último show da turnê de 11 meses será em Trinidad e Tobago. A partir daí Bey pretende dar uma parada, pelo menos até a metade do ano. "Já é hora de dar um tempo e recarregar as baterias," disse ela recentemente ao jornal USA Today. "Só quero viver a vida, me inspirar com as coisas de novo. Ir a restaurantes, talvez fazer um curso e ver filmes e shows da Broadway. Vai ser a coisa mais difícil do mundo ficar sem fazer um disco ou gravar um vídeo. Já tenho algumas ideias e melodias na cabeça. Preciso dizer a mim mesma para descansar um pouco..."

Serviço:

As I Am...Tour no Brasil: Florianópolis (4/2, Parque Planeta); São Paulo (6/2, Estádio do Morumbi; Rio de Janeiro (7 e 8/2, HSBC Arena); Salvador (10/2, Parque de Exposições).

Ingressos: www.ingressorapido.com.br (Florianópolis) e www.livepass.com.br (Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador).

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