“A música é uma velhinha benzedeira que cura nossas emoções”

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“A música é uma curandeira. É uma velhinha benzedeira que traz à tona e cura nossas emoções mais fortes”, filosofa a cantora Wanessa da Mata.

A mato-grossense faz nesta sexta-feira (17) à Curitiba no Teatro Positivo – Grande Auditório um dos últimos shows da turnê “Segue o Som”, baseado em seu último CD, de mesmo título, lançado em 2014.

“A turnê está na estrada faz tempo, mas o show vai mudando. A primeira vez que eu cantei “Ninguém é igual a ninguém”, eu chorava. Agora ela já está bem resolvida. Já curou a ferida e já estou noutra”.

Para ela, a longevidade do trabalho foi exigida pelo público. “Foi mais longo do que eu imaginava. As pessoas gostam e eu ainda não me cansei, ainda gosto muito e tenho pena em acabar, mas esta será uma das últimas apresentações”.

No repertório da apresentação além de músicas do álbum, como “Por Onde Ando Tenho Você” e “Segue o Som” dividem espaço com os grandes sucessos como: “Amado”, ”Ai, Ai, Ai”, “Não me Deixe Só”, entre outras.

Para ela, o show tem a identidade diversificada em ritmo “em que prevalece a poesia nas letras, a brasilidade com histórias do cotidiano, falando de amor, reflexões e simplicidade que tento trazer na poética. E também traz músicas com as quais o público tem intimidade”.

Cabeça pra baixo

Nos últimos anos, Wanessa tem dividido a carreira entre a de compositora e cantora e a de escritora após lançar o elogiado livro “Filha das Flores”, lançado em 2013 pela Cia. das Letras. O romance fala da infância da cantora no interior do Mato Grosso.

Ela diz que as duas facetas convivem bem, mas a música ainda é fácil. “O pessoal fala que compor é uma coisa pomposa, intocável. Para mim é natural. Eu sempre achei o livro uma coisa tão sofisticada que quando era criança eu tomava banho, me arrumava toda, pegava um livro e fingia que estava lendo, mesmo de cabeça pra baixo”.

Sobre os novos livro e álbum, ela diz que em logo apresentará novidades. “Não posso falar para não atrapalhar a surpresa”.