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O educador Rubem Alves é um dos autores que mais vende audiolivros no país | Antonio Costa/Gazeta do Povo
O educador Rubem Alves é um dos autores que mais vende audiolivros no país| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

O audiolivro, que na prática é um CD com o autor ou um locutor lendo determinado conteúdo, já é realidade no Brasil há quase meia década. Uma das empresas pioneiras, em âmbito nacional, é a curitibana Nossa Cultura. A editora, que também publica livros im­­pressos, tem um catálogo com 40 títulos – 80% são audiolivros. A Nossa Cultura, que está presente com um estande na Bienal do Livro de Curitiba, promove alguns lançamentos durante esse evento.

Hoje, a partir das 15 horas, a atriz Marília Pêra participa do Café Literário, um bate-papo mediado por Alcione Araújo (o curador da Bienal), em que deve promover o recém-lançado audiolivro Cartas a uma Jovem Atriz. Amanhã (2), o escritor Domingos Pellegrini, colunista da Gazeta do Povo, estará no estande da Nossa Cultura, às 18 horas, para autografar o seu audiolivro A Família do Milênio. Ainda na quarta-feira, o maestro João Carlos Martins divulga o seu audiolivro A Saga das Mãos por meio de uma apresentação musical, a partir das 19h30, no Pequeno Auditório do Teatro Positivo, ao lado do Expo Unimed Curitiba, local em que acontece, até a próxima sexta-feira (4), a Bienal.

O editor da Nossa Cultura, Paulo Lago, afirma que a empresa decidiu apostar no audiolivro devido ao sucesso que o produto alcança no mercado internacional. Ano passado, na Feira de Fran­k­­­­furt, na Alemanha, "a mai­or arena de comércio de direitos autorais do mundo", foram lançados 19 mil títulos de audiolivros. Nos Estados Unidos, esse "filão" movimenta algo em torno de US$ 1 bi­­lhão por ano. "No Brasil, estamos dando os primeiros passos nesse segmento, o audiolivro, que parece ter muito futuro", diz.

O audiolivro, na opinião de Lago, tem públicos específicos. A terceira (ou, como muitos preferem, a melhor) idade. "A população brasileira está atingindo a longevidade, e, entre os idosos, há muitos leitores com dificuldade para ler, que não abrem mão de ter acesso ao conteúdo de livros", comenta Lago.

As pessoas que precisam se deslocar dentro de veículos, e enfrentam congestionamentos no trânsito de grandes cidades, como Curitiba, também são – na avaliação do editor da Nossa Cultura – público alvo de audiolivros.

Mas, independentemente do eventual público, uma das principais "estrelas" do catálogo de audiolivro é o escritor, professor e educador Rubem Alves – ele participa de bate-papo nesta quinta-feira (3), às 18 horas, no espaço Largo da Ordem, no penúltimo dia da Bienal. Alves, autor de mais de cem livros escritos, tem 11 audiolivros editados pela Nossa Cultura. "É um dos nossos best sellers. Rubem Alves vende continuamente. Nunca deixa de vender", afirma Lago.

O editor da Nossa Cultura acredita que essa Bienal do Livro de Curitiba é um importante evento para a vida cultural da cidade, e excelente vitrine para o audiolivro. Lago observa que, na Bienal, o público aumenta dia após dia. "Se na quinta e sexta-feira da semana passada, o movimento foi fraco, no fim de semana a Bienal estava lotada, o que deve continuar se repetindo durante esse semana, sobretudo pelas visitações escolares, que começaram nessa segunda-feira", diz.

Serviço

Nossa Cultura. A editora está com um estande na Bienal do Livro de Curitiba, onde comercializa todos os produtos com 20% de desconto. O prreço médio de um audiolivro é R$ 25. Mais informações (41) 9235-8229, com a gerente Rosangela Britto.

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