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Qual o limite da comunicação, da palavra dita, e da mensagem absorvida? A peça Escuro (confira o serviço completo), integrante da Mostra Contemporânea, faz última apresentação hoje no Sesc da Esquina. De certa forma, a montagem estuda formas alternativas de percepção da realidade, além de sugerir outras possibilidades de comunicação entre as pessoas.
A trama foi adaptada pela Companhia Hiato (Cooperativa Paulista de Teatro) e pela Companhia Simples de Teatro e se baseia na troca de correspondências entre a escritora inglesa Helen Keller que era cega, surda e muda , e sua professora Annie Sullivan, que sofria com uma doença visual degenerativa.
A limitação das linguagens, notadamente visual e verbal, é o ponto comum entre os personagens, que conseguem a comunicação plena ao utilizarem, por exemplo, reflexos de outras formas de pensamento, memória e cognição. As narrativas se ligam em redes e ditam o ritmo de Escuro. Além disso, cenas voltam no tempo e são repetidas várias vezes, propondo uma nova abordagem em cada uma delas.
Exemplificando a inadequação da linguagem, Escuro retrata, enfim, caminhos outros para as relações interpessoais.
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