Felipe Abib teve um déjà vu ao se fantasiar de quibe para uma gravação de Tapas & Beijos. Não, ele nunca havia se "transformado" no salgado árabe antes. Mas a cena em que seu personagem na série da Globo, Leléu, ajudava na divulgação do restaurante do Seu Chalita (Flávio Migliaccio), fez o ator lembrar as dificuldades da profissão.
"Eu me vesti de cigarro e participei de um alerta antifumo para ganhar R$ 100. Já fiz tudo. Fui ao Retiro dos Artistas para outra campanha de saúde que falava sobre colesterol ruim. Eu era o próprio colesterol e usava uma roupa toda vermelha. O teatro tem isso: é muito criativo", diz Felipe, que pode ser visto até hoje em imagens de advertência do verso das embalagens de cigarro.
Atualmente, ele está em todas. Nos cinemas, aparece ao lado de Fabio Porchat, Lúcio Mauro Filho e Bruno Mazzeo, na comédia Vai Que Dá Certo, de Maurício Farias, que já foi vista por mais de dois milhões de pessoas. Ele também faz Faroeste Caboclo, longa de René Sampaio inspirado na música de Renato Russo, com Isis Valverde e Fabrício Boliveira. Vive o playboy Jeremias, o maconheiro sem vergonha que "desvirginava mocinhas inocentes e dizia que era crente mas não sabia rezar".
Cria do teatro, Felipe se diz em um período de transição. "Moro num loft. Não cabe nem um gato. Ser abordado na rua é ainda novo para mim. Não entendo bem desse assunto não. Estou passando por um processo de transição. Sei que não vou mais poder ficar na praia dando estrela", brinca.
Felipe estreou nas novelas da Globo com Avenida Brasil depois de ter sido visto pelo autor João Emanuel Carneiro e pelo diretor de núcleo Ricardo Waddington na peça Corte Seco. "Você não precisa chegar acontecendo. Não tenho experiência em tevê, e é importante ir devagar. Prefiro que seja aos poucos."