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Dillon começou a cantar e tocar piano aos 17 anos | Divulgação
Dillon começou a cantar e tocar piano aos 17 anos| Foto: Divulgação

CD

This Silence Kills

Dillon. US$ 17,82 na Amazon (www.amazon.com). Eletrônica.

Dominique Dillon de Byington vem dominando a cena musical na Alemanha. Dominique foi intitulada pela revista Der Spiegel, a maior revista semanal do país europeu, como "die Indie-Hoffnung" (a esperança indie). Segundo o prestigiado jornal Die Welt, de Hamburgo, a cantora foi "um golpe de sorte para a música pop" alemã. Nascida em São Paulo, Dominique deixou o Brasil com a mãe, Susana, e o irmão Bruno, em 1993, rumo à Europa. A viagem, que deveria ser curta, acabou se tornando decisiva na vida da família. A mãe se apaixonou por um pianista de Colônia, no oeste da Alemanha, e decidiu fincar raízes no país. Desde então, Dominique – que optou simplesmente pelo nome artístico Dillon – vive no país europeu. A cantora mora atualmente em Berlim.

Conheça um pouco mais do trabalho da cantora

Dillon começou a cantar e tocar piano aos 17 anos, logo após fazer o Abitur, o exame que conclui o ensino secundário na Alemanha e que equivale ao vestibular brasileiro. Foi nessa época que conheceu o compositor e produtor musical Tamer Özgönenc. Com ele, a paulistana lançou seu primeiro álbum: This Silence Kills, um disco de música eletrônica com 12 faixas. O sugestivo título (esse silêncio mata, em português) soa ainda mais impactante quando a moça explica as razões para ter começado a cantar. "Muitas vezes eu sinto a necessidade de gritar, para quebrar com o silêncio, e, principalmente, poder ouvir a mim mesma", disse a artista, em entrevista à revista crazywire, de Düsseldorf.

O álbum de estreia, lançado em novembro de 2011, foi um grande sucesso de público e crítica. O CD chamou a atenção de músicos de prestígio na cena musical alemã, como os integrantes da banda de indie-rock Tocotronic e DJ Koze.

Fãs

O número de fãs alemães da brasileira crescem a cada dia. Marleen Meyer, uma técnica em eventos de Neumüster, no norte da Alemanha, foi apresentada à música da brasileira por meio do namorado. "Eu escutei uma única música dela e gostei na hora", conta a alemã de 23 anos. A música de Dillon é para Marleen "misteriosa e não convencional". "Ela é uma verdadeira artista, o som exala criatividade".

O som de Dillon encontrou um público fiel também no Brasil. João Amaral, um estudante do Rio de Janeiro, conheceu o som da moça por meio da rede social Last.fm. "A Dillon é diferente, não conheci um grupo que se parecesse muito com o som dela." Amaral diz ouvir a música da cantora desde o início deste ano, e que o que o agrada muito são as "diferentes ‘pegadas’ nas músicas dela". O carioca de 18 anos exemplifica: "Numa mesma música há batidas mais de gênero eletrônico/hip-hop misturadas com piano, acho muito bacana". Sua música preferida é "Thirteen Thirtyfive".

Referências

Perguntada certa vez sobre suas referências musicais, Dillon foi enfática: muito pop. De Rihanna a Madonna – "principalmente as músicas antigas dela" –, a artista diz que escuta de tudo. A rapper Azealia Banks também é uma de suas apostas. Quando o assunto é vocal, a cantora tem uma preferência clara: "Antony Hegarty, vocalista do Antony and the Johnsons, é meu herói. Me faltam palavras para descrever aquela voz".

Samba ou bossa-nova não fazem parte de seu repertório musical. Ainda assim, a relação com o país natal é das melhores. Em uma entrevista para a edição alemã da revista Vogue, Dillon falou sobre o Brasil: "Eu fico eufórica sempre que o avião pousa em São Paulo. As pessoas lá são claramente mais tranquilas e menos vaidosas. Mas, depois de algumas semanas, eu já quero voltar para a Alemanha".

Planos de shows no Brasil ainda estão em aberto. Por conta das gravações do segundo álbum – com lançamento previsto para março de 2014 – Dillon se apresentou duas únicas vezes ao vivo neste ano.

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