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Ao adaptar a peça A Tempestade, de William Shakespeare, para o leitura e encenação infantil, Liana Leão, professora de Literatura de Língua Inglesa da Universidade Federal do Paraná, tomou o cuidado de manter a linguagem dramática centrada na oralidade, em vez de transformar o original em uma uma prosa simplificada. Se desfez de frases muito longas, para não afastar as crianças. Mas resguardou ao máximo as questões filosóficas e políticas que realmente importavam no texto, como a usurpação de Caliban pelo mago Próspero. O resultado enfatiza as cenas cômicas, mais do que a história de amor entre os jovens príncipes Miranda e Fernando.

Esse seu primeiro trabalho de tradução e adaptação, ilustrado em lápis de cor pela artista paranaense Márcia Széliga, será lançado no próximo sábado, dia 30, entre as 15 e 18 horas, na Bisbilhoteca (Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.166), (41) 3223-3038. Durante a tarde de autógrafos, está programada a dramatização de uma das cenas, às 16 horas. A ideia da obra adaptada, afinal, é mesmo essa. Oferecer às crianças uma chance de subir ao palco como personagens de uma trama engraçada, que discute política sem recorrer a uma moral da história.

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