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Maria Gadú concorre em duas categorias do Grammy

Revelação

Ela está indicada em duas categorias ao Grammy Latino: revelação e melhor álbum de cantor-compositor. Assim como Maria Bethânia, ela concorre com artistas de diversas nacionalidades, não apenas brasileiros.

DVD

Em novembro, a cantora lança seu primeiro DVD, gravado no dia 29 de julho, no Credicard Hall, em São Paulo, com a participação de amigos, como Leandro Léo e o grupo Os Varandistas.

Setlist

O repertório do show inclui os hits "Shimbalaiê" e "Linda Rosa", as demais canções do disco, como "Encontro", "Bela Flor", "Tudo Diferente", "Dona Cila" e a releitura "A História de Lily Braun", de Chico Buarque e Edu Lobo. Novidades na voz dela são "Lanterna dos Afogados", dos Paralamas do Sucesso, "Filosofia", de Noel Rosa, e "Right Through You", da Alanis Morissette.

Banda

A banda que a acompanha é formada por Cesinha (bateria), Gastão Villeroy (baixo), Fernando Caneca (guitarra) e Doga (percussão).

Ao contabilizar as conquistas de Maria Gadú desde sua estreia fonográfica, há menos de dois anos, não fica dúvida de que a moça impôs sua música, contra a própria timidez. Foram duas indicações ao Grammy Latino em categorias disputadas não apenas por brasileiros – revelação e melhor álbum de cantor-compositor. Um disco de platina, recebido em fevereiro pelas mais de 110 mil cópias vendidas do disco de estreia. E ainda a perspectiva de fazer seis shows com Caetano Veloso.

Nada dessa badalação parece dizer muito à cantora que se apresenta hoje, no Teatro Positivo. Sobre a premiação, por exemplo, ela comenta por telefone, com sua fala mansa (e pouca), que "não gera expectativa". "Nunca me liguei nessas coisas, acho que música não é uma atividade competitiva." O bolachão dourado impressiona tão pouco quanto os números de vendagem. "Não fiquei pensando em quanto ia vender, eu estava feliz, sabe? Era a oportunidade de registrar coisas que eu jamais pensei..."

Dá para acreditar. "Shimbalaiê", seu primeiro grande sucesso, com direito a execução em novela das oito, foi composto quando tinha 10 anos. No disco, batizado com o nome da cantora, compositora da maioria das faixas, entremeia as autoriais a releituras, seja chanson francesa ("Ne Me Quitte Pas", de Jacques Brel) ou pop brega nacional ("Baba", da Kelly Key), sem preconceito.

"Eu gosto de música", resume Gadú. E a afirmação serve tanto para justificar a indistinção de estilos quanto o porquê de não ter preferência entre tocar num palco pequeno como o do John Bull Music Hall, onde se apresentou pela primeira vez em Curitiba, ou no imenso Teatro Positivo, de agora. "Foi um show muito legal, a galera na maior vibe", lembra. "É sempre muito divertido, indiferente da quantidade de pessoas que tem."

Gadú desfia todo o repertório do álbum sobre o palco. E acrescenta canções das quais gosta, como "Filosofia", de Noel Rosa, e "Right Through You", da canadense Alanis Morissette. "O lance é que eu escuto Alanis, Kelly Key e Sandy até hoje. Gosto de música – repete – e não consigo colocar crivo nisso: Calypso, Abba, Mozart, Hermeto Pascoal. Vou a qualquer show, instrumental, jazz, rock. Meus amigos vão comigo a todos."

Fazer (e ouvir) música acompanhada dos amigos parece ser tudo o que ela quer. Seu momento mais feliz desde o lançamento como cantora? "O mais bacana é estar tocando com esses músicos, a oportunidade de conhecer gente que admiro, como o (baterista) Cesinha e o (guitarrista Fernando) Caneca, de quem sou fã há 15 anos, dividir e aprender com eles."

Gastão Villeroy (baixo) e Doga (percussão) completam a banda, com Gadú ao violão. "Meu nome vem na frente, não sei por que cargas d’água."

No fim de julho, o show foi registrado em DVD. Deve chegar às lojas no próximo mês. Pela descrição da artista, será uma verdadeira confraria: "O DVD é recheado de participações de amigos meus talentosíssimos e, nos extras, fui para o estúdio de outro amigo e canto com mais alguns amigos meus. O Leandro Léo, que participa do disco e da turnê, Os Varandistas, o Dani Black, que é um compositor incrível de São Paulo, o Toni Ferreira e a Camila Whitman", cita.

Quanto a um disco inédito, Gadú não tem pressa. "Demorei 23 anos para gravar um, vai saber quando vou fazer outro..." Nem o sucesso ou pressões de gravadoras devem movê-la: "Preciso ter um conceito pessoal mesmo, saca? Não faria isso por contrato nenhum. Liberdade é o que há."

Serviço

Show de Maria Gadú. Teatro Positivo – Grande Auditório (R. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3315-0808. Hoje, às 21h15. Plateia inferior: R$124 e R$64 (meia). Plateia superior: R$94 e R$49 (meia). Assinantes da Gazeta do Povo, filiados à Associação Médica do Paraná e Sindicato dos Bancários do Paraná têm 20% de desconto na compra de até dois bilhetes. Classificação indicativa: 16 anos.

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