Escher
Exposição do artista holandês é prorrogada até o dia 25
Com número recorde de visitantes, a exposição A Magia de Escher, em cartaz no Museu Oscar Niemeyer, foi prorrogada até o próximo dia 25 de agosto em princípio, a mostra iria até o dia 11. No total, são 85 obras, entre gravuras originais, desenhos e fac-símiles, incluindo todos os trabalhos mais conhecidos do artista. Além disso, há instalações interativas que propiciam ilusões de ótica, uma das características da arte de Escher. Veja o serviço completo da exposição no Guia Gazeta do Povo.
Exposição
Veja o serviço desta e outras mostras no Guia Gazeta do Povo.
Fundado no fim da década de 1950 para substituir a "sobrecarregada" arte do pós-Segunda Guerra Mundial, o grupo ZERO, formado pelos artistas Heinz Mack e Otto Piene, criou um novo conceito de arte na Europa, que acabou se espalhando pelo mundo, inclusive pelo Brasil e América Latina. A partir desta quinta-feira, o Museu Oscar Niemeyer (MON) abriga obras de 24 artistas que integraram essa vanguarda internacional, na exposição homônima e inédita no Brasil, que será exibida posteriormente na Pinacoteca de São Paulo e na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
A curadora da mostra itinerante que integra o calendário da temporada do ano da Alemanha no Brasil (2013-2014), com apoio do Instituto Goethe , Heike van den Valentyn, diz acreditar que o ZERO propiciou um "novo começo" para as artes visuais. "É uma arte informal, com muito movimento, subjetiva, e em grande parte monocromática", define.
Portanto, o espectador poderá entrar em um mundo paralelo com obras bastante lúdicas e interativas, como a instalação de espelhos do suíço Christian Magert e a Chuva de Luz, de Günther Uecker, feita com tubos de alumínio e luzes de neon. Há ainda espaços específicos, como o Espaço de Luz, de Otto Piene, com uma instalação feita de plástico, luzes e motor, além do Espaço Elástico, de Gianni Colombo. Na sala, o ambiente escuro é iluminado somente com elásticos fluorescentes, que se movem lentamente com animação eletromecânica.
Apesar de definido como um movimento, ZERO acabou se espalhando sem intenção por outros países. "Na verdade, eles acabaram criando um network entre a Europa e o restante do mundo. Não foi um movimento homogêneo, com manifestos. Era flexível", afirma Heike, que salientando, ainda, que várias obras semelhantes foram realizadas por artistas de diferentes países. Isso na mesma época, e sem nenhum deles saber da existência do outro. "Parecia haver uma conexão inconsciente." Por isso, ela optou por realizar uma espécie de diálogo entre europeus e sul-americanos, como Lucio Fontana, Almir Mavignier, Jesús Rafael Soto, e com os brasileiros Hércules Barsotti, Lygia Clark e Abraham Palatnik.
Outras obras de destaque da mostra são as instalações e relevos do francês Yves Klein todas elas no pigmento de azul vivo criado pelo artista (na moda, inclusive, se usa o sobrenome do francês, Klein, para denominar a cor).
Museu
Segundo Heike, a escolha do Museu Oscar Niemeyer para iniciar a temporada brasileira não foi à toa. Ela considera que o espaço projetado pelo arquiteto (que morreu no ano passado, aos 104 anos) é muito semelhante ao conceito do ZERO. "O túnel que dá acesso ao Olho, por exemplo, poderia facilmente fazer parte da exposição. Essa combinação do trabalho do Oscar [Niemeyer] com os trabalhos do movimento é perfeita."
Além da abertura de ZERO, o MON realiza hoje várias atividades que integram a ação "Mais MON", sempre nas primeiras quintas-feiras do mês. O horário é estendido até as 20 horas, e a entrada é gratuita a partir das 18 horas. Haverá ainda visita guiada com a artista Uiara Bartira à exposição A Magia de Escher, e o projeto + MON + Música, no auditório do museu, terá como tema "A Alma do Groove Brasileiro" com participação da cantora Michele Mara e da rapper Karol Conka.
1958
Foi o ano de criação do grupo ZERO, que nasceu na Europa, mas se espalhou pelo mundo, gerando seguidores no Brasil e nos outros países da América Latina.
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