Agenda
Performances e apresentações de vídeo integram a mostra do Coletivo Couve-Flor:
Hoje
Dois Corações e Um Bebê, Ou Abre Um Pouco #2 (Emocore Cardio Dub Edit), de Gustavo Bitencourt.
Agora Se Mostra O Que Não Está Aqui, de Neto Machado.
Amanhã
Walk East Poemas Eróticos de Norma Kluster / Capítulo I Notas Sobre a Ausência, de Cristiane Bouger.
Linhas de Pensamento #2 Ou a Tarefa de Dizer Coisas Importantes Para Pessoas Românticas, de Michelle Moura.
Sexta-feira
Mostra de videodanças seguida de apresentações de Eduardo Fukushima e Bernardo Stumpf.
Serviço:
Apresentações sempre às 20 horas, no Teatro Cleon Jacques (Parque São Lourenço R.Mateus Leme, 4.700), com ingressos a R$ 10 e R$ 5 (meia).
"Você assiste à novela das oito? Se assiste, vá para a direita. Se não, vá para a esquerda." É mais ou menos assim que a performance Agora Se Mostra o Que Não Está Aqui, de Neto Machado, começará hoje no Teatro Cleon Jacques. Existe definição melhor de espetáculo participativo?
Apresentações de coreografias como essa fazem parte da mostra de repertórios do Couve-Flor Minicomunidade Artística Mundial, coletivo de sete artistas de várias áreas, patrocinados pela Petrobras, e com forte tendência contemporânea. A mostra vai até sexta-feira (veja no quadro ao lado).
Os trabalhos têm vários anos de estrada, mas por diferentes motivos seus criadores sentiam a necessidade de retomá-los. "Hoje existe uma lógica de mercado que nos faz procurar por coisas novas, mas o próprio tempo transforma a obra em algo novo", diz Machado. No caso de sua coreografia, o simples fato de o público ser outro altera o resultado da performance. A partir de perguntas lançadas à plateia que está situada no mesmo espaço que ele, e não à parte , formam-se grupos diferentes, de acordo com as respostas. "Minha ideia principal era fazer perceber o poder das escolhas, e que elas te posicionam diferentemente no espaço", contou à Gazeta do Povo.
Irreplicável
Totalmente dependente do público é também o trabalho de Gustavo Bitencourt, que define cada apresentação de Dois Corações e Um Bebê, Ou Abre Um Pouco #2 (Emocore Cardio Dub Edit), em cartaz hoje, como evento único, possível somente com a presença daquelas pessoas que o assistem naquele dia.
A partir de um exercício que propunha a elaboração de um "mapa corporal", ele construiu uma coreografia que fala um pouco sobre seu lugar no mundo, com o uso de objetos que remetem a ações cotidianas. "É uma partilha que só acontece daquele jeito com aquelas pessoas", explica.
Amanhã, é a vez de Cristiane Bouger, com Walk East Poemas Eróticos de Norma Kluster / Capítulo I Notas Sobre a Ausência. Seu trabalho, agora reapresentado, lida com questões pesadas como a morte talvez uma alusão ao irmão assassinado em 1999. "Entrar em cena para realizar esse trabalho é como entrar em um rito e em uma guerra", diz a artista, que já apresentou a coreografia em Nova York, onde vive, e Bucareste, na Romênia.
Na mesma noite, Michelle Moura sobe ao palco para apresentar Linhas de Pensamento #2 Ou a Tarefa de Dizer Coisas Importantes para Pessoas Românticas, coreografia influenciada pelas noções de movimento e espaço. "Gosto de pensar que só vejo as coisas que são feitas do mesmo tipo de matéria que eu", brinca a artista.
Dança metropolitana
Para completar, na sexta-feira o Couve-Flor apresenta dois artistas patrocinados pelo Itaú Cultural sintonizados com os ideais da minicomunidade. Como Superar o Grande Cansaço? é o trabalho do paulistano Eduardo Fukushima. Jimmy, the Jungle Beast, do carioca Bernardo Stumpf, é inspirado no contato da dança com a metrópole. "Pensei sobre fetiches e estereótipos e procurei metáforas e metonímias que representem algo na cidade, usando a voz e projeções de imagens sobre o corpo", diz.
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