Quem já esteve no Museu de Arte Moderna (MAM), de São Paulo, certamente não deixou de reparar na enorme escultura de uma aranha, da artista plástica francesa Louise Bourgeois (1911-2010). Seus trabalhos abstratos, com influências surrealistas, fazem parte de coleções de museus e galerias de várias partes do mundo. Menos conhecido é o fato de que ela também dedicou parte de sua carreira para gravuras em metal. Os que não conhecem essa vertente do trabalho da francesa, que radicou-se em Nova York na década de 1940, podem ver a série Autobiográficas, em cartaz no Museu da Gravura de Curitiba. Além dessa exposição, outras cinco estão no mesmo espaço, que funciona normalmente nesta sexta-feira e das 12 às 18 horas, neste sábado.
As obras de Louise falam principalmente de sua vida pessoal e, apesar de os temas de seus trabalhos, inclusive as gravuras, serem abstratos, os desenhos sempre sugerem figuras humanas e expressam temas como a ansiedade e a solidão. Seu trabalho, aliás, foi usado para colocar para fora algumas dificuldades de sua trajetória, principalmente traumas de infância. Um deles foi que, quando criança, a artista descobriu que a sua babá inglesa fora, durante muitos anos, amante de seu pai.
Início
Louise Bourgeois começou a envolver-se mais com arte após se casar com o historiador Robert Goldwater, em 1938. Mudou-se para Nova York e frequentou o Art Students League. Antes disso, ingressou na Sorbonne, em 1932, para cursar Matemática, mas abandonou o curso e estudou em academias de arte, como a do pintor e escultor Fernand Léger (1881-1955). Após associar-se aos artistas expressionistas e cubistas, em 1945, seguiu trabalhando com arte até o fim da vida. Morreu em 2010, em Nova York.
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