Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Teatro

A voz do grande provocador

Diretor e ator Antônio Abujamra apresenta monólogo e faz leituras de Fernando Pessoa no final de semana, em Curitiba

 | Divulgação
(Foto: Divulgação)
Abujamra em cena no teatro |

1 de 3

Abujamra em cena no teatro

Abujamra em cena na novela Que Rei Sou Eu?, no papel de Ravenga |

2 de 3

Abujamra em cena na novela Que Rei Sou Eu?, no papel de Ravenga

Abujamra no filme Festa, de Ugo Giorgetti |

3 de 3

Abujamra no filme Festa, de Ugo Giorgetti

O ator, diretor e dramaturgo Antônio Abujamra estará em Curitiba neste final de semana em dois eventos, nos quais atuará no papel que melhor lhe cabe nos últimos 15 anos: o de provocador-mor da inteligência brasileira.

Na sexta-feira, 13, ele autografa seu audiolivro Antônio Abujamra Lê Fernando Pessoa, na Fnac do ParkShopping Barigui. A obra, no formato MP3, tem cerca de uma hora e meia de declamações, que reúnem 35 poemas do poeta português, incluindo três de seus heterônimos (Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos). Abu, como é conhecido, promete declamar alguns dos textos e fazer interações com o público.

No domingo, 15, ele encena no Teatro do Paiol o monólogo A Voz do Provocador. O espetáculo é parte das comemorações de aniversário de 15 nos do programa RadioCaos.

Projetos

O monólogo é um dos projetos pessoais de Abujamra. Toda a encenação tem influência na estrutura do programa Provocações, que apresenta na TV Cultura desde o ano 2000.

No palco, Abujamra mistura comédia, tragédia e seu habitual humor corrosivo para tentar entender temas, como "o que é ser brasileiro" e "a loucura da sociedade moderna", a partir de provocações à plateia. Algo que sempre motiva o surgimento de outros assuntos para o debate.

O autor, que defende a posição de que o teatro existe para "incomodar", usa sua experiência de mais de 50 anos no ofício para não "fechar certezas, mas para cultuar as duvidas".

Durante o espetáculo, que dura cerca de uma hora, são exibidos trechos em vídeo, como a leitura do discurso de Cristovam Buarque sobre a internacionalização da Amazônia.

Abujamra também faz um flashback de sua carreira, sempre cutucando a mediocridade, seja da política ou das artes brasileiras.

Espaço

Há ainda espaço para a poesia por meio da leitura de trechos da obra de Fernando Pessoa, Bertold Brecht e Clarice Lispector, entre outros. Embora o texto seja um apanhado de citações de outros artistas e pensadores, alguns desconhecidos, a curadoria reflete a "visão de mundo" de Abujamra.

O autor já definiu a peça "como um tributo a Spalding Grey, ator e escritor americano, que atuava acompanhado apenas de uma cadeira, mesa e copo de água".

Na parte final do espetáculo, quando abre espaço ao diálogo com o público, a peça se torna "uma espécie de aula-espetáculo, na qual a plateia pode interagir. Na qual o espectador movimente sua cabeça, suas ideias".

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.