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Carolina no cenário de Marlon Brando, Whisky, Zumbis...: diversão em meio ao trabalho | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Carolina no cenário de Marlon Brando, Whisky, Zumbis...: diversão em meio ao trabalho| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Apesar de ter estreado em dezembro seu 11.º projeto com o grupo Vigor Mortis, de Paulo Biscaia Filho, a atriz Carolina Fauquemont, 35 anos, conta não ser muito chegada no sangue cênico e maquiagens de mutilação, "commodities" da companhia. Mas a atração é fatal e ela não vai largar esse osso, nem mesmo com a carreira deslanchando em São Paulo.

"Foi uma super escola. Visitei várias capitais com a primeira peça que fiz com a Vigor, Graphic, e as pessoas se divertiam muito com ela. Eu também me diverti e passei a apreciar a estética deles, com desenhos, sangue muito vivo, meio Kill Bill", contou à Gazeta do Povo.

Ainda em meio a sangue, mas num ambiente mais "esterilizado", Carolina participou neste ano da série Beleza S/A, do canal pago GNT em parceria com a produtora O2, que foi ao ar de agosto a dezembro. A série se passou em uma clínica de cirurgia plástica em que cada episódio apresentava uma paciente, e uma junta de três médicos tentava ajudar as mais histéricas... No episódio 6, Carolina viveu Mia Noronha, desejosa de lábios mais carnudos à Angelina Jolie.

O vídeo e o cinema estão na sua mira – em São Paulo, ela já participou de quatro filmes, incluindo os longas Linha de Fuga, que Alexandre Stokler deve lançar em 2014, e Centro de Gravidade, que Steven Richter já levou a festivais. Os demais são curtas-metragens.

No teatro, atuou em Tape, do londrinense radicado em São Paulo Mário Bortolotto, com texto de Stephen Belber (2008). Já instalada na capital paulista, colaborou com a diretora Lavínia Pannunzio no espetáculo Covil da Beleza, de agosto a outubro passados.

E Carolilna volta à cena em São Paulo neste ano, possivelmente no Sesc Pinheiros, no projeto Trovadores do Miocárdio, em que faz uma abertura e um dueto com Fausto Fawcett seguidos por baladas declamadas entre o compositor e Chico Sá, mesclando rock, pop e canções francesas.

"Eu amo o teatro, mas não acho fácil fazer. A gente sempre se sente abençoado e amaldiçoado fazendo."

Carreira

Carolina começou no teatro em oficinas na escola Pé no Palco, tendo trabalhado em montagens desde 1997. Modéstia às favas, conta que sua turma de bacharelado em teatro na Faculdade de Artes do Paraná (Fap), formada no ano 2000, é tida por alguns como "a mais incrível" até hoje, com uma safra da qual saíram nomes como Fábio Salvatti e Guta Ruiz.

Com alguns colegas, com quem formava o grupo Incômodo Teatral, chegou a encenar um espetáculo de 30 horas em homenagem ao diretor norte-americano Robert Wilson.

Na primeira turma do Ateliê de Criação Teatral (ACT), criado por Luis Melo e Nena Inoue no Espaço Cênico, em 2001, ela precisou quebrar a cabeça. "Foi um momento de pensar na arte, em qual é minha voz... Como atriz, você acaba fazendo muita criação dos outros, e quando precisa defender uma performance, qual a sua voz?"

Foi aí que entrou a Vigor, com um projeto artístico bem definido e a oportunidade para a atriz aprender num ambiente mais lúdico.

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