A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (22) um pacote de medidas para ampliar a diversidade de seus membros, depois da polêmica deflagrada com a ausência de atores e de diretores negros entre os indicados ao Oscar.
Na quinta-feira (21) à noite, o conselho da academia aprovou que se duplique até 2020 o número de mulheres e de pessoas pertencentes a minorias que fazem parte da instituição.
A organização também vai avaliar sobre a retirada da filiação de sócios que não participarem ativamente da indústria cinematográfica nos próximos dez anos.
“A Academia tomará a iniciativa e não vai esperar que a indústria o faça”, declarou em uma nota sua presidente, Cheryl Boone Isaacs.
“Essas novas medidas sobre direção e voto terão um impacto imediato e marcarão o início de uma mudança significativa no perfil dos nossos membros”, explicou.
Como linha prioritária, a instituição pretende dobrar até 2020 o número de mulheres e pessoas pertencentes a minorias com possibilidade de voto na premiação mais famosa do cinema.
Atualmente, a Academia tem 7.152 membros, sendo que 6.261 têm direito a oito.
“Nossa esperança é que as mulheres representem 48% e as minorias 14% do total”, afirmou uma fonte da Academia à AFP.
Há uma semana, Hollywood se encontra mergulhada em um acalorado debate sobre a ausência - pelo segundo ano consecutivo - de atores, atrizes e diretores negros candidatos às estatuetas douradas.
O cineasta Spike Lee e o casal de atores Will e Jada Smith já anunciaram que não vão comparecer à festa de entrega do Oscar, em 28 de fevereiro, em sinal de protesto.
O debate atingiu seu ápice na última segunda-feira (18), quando Boone Isaacs reconheceu sua frustração pela falta de inclusão e anunciou mudanças na estrutura da instituição.
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