Apesar dos problemas de saúde do guitarrista Malcolm Young e dos judiciais enfrentados pelo baterista Phil Rudd, o AC/DC dará sequência à carreira de sucesso ao anunciar mais uma turnê mundial em 2015 para apresentar seu novo álbum. É o que diz o líder da banda, Angus Young, em entrevista à Agência Efe, em meio à enorme divulgação do disco "Rock or Bust", que será lançado em 2 dezembro, dois anos depois da publicação DVD gravado durante o show "Live at River Plate".
O último álbum com material inédito do grupo australiano, o "Black Ice", foi gravado há oito anos. Em 2010, o AC/DC chegou a lançar o disco "Iron Man 2", a trilha sonora do filme de mesmo nome, mas se tratava de uma coletânea de grandes sucessos da banda.
O agravamento da doença mental de Malcolm Young, que sofre de demência, atrasou o avanço do 15º álbum de estúdio do grupo, cuja elaboração já tinha sido anunciada em entrevista em 2011.
"Esperávamos que a doença se estabilizasse e que ele fosse capaz de trabalhar, mas no final ele mesmo se deu conta de que não podia tocar mais", conta Angus. "Seu estado de saúde, do ponto de vista físico, atualmente é bom e ele está sendo atendido pelos melhores médicos", afirma o músico, que além de ser irmão de Malcolm, é um dos membros fundadores do AC/DC, que completou 50 anos de existência em 2013.
A ausência do guitarrista será percebida durante o tour de apresentação do "Rock or Bust", mas a intenção, garante Angus, é que o AC/DC siga em frente.
"Continuaremos enquanto o tempo permitir e, além disso, enquanto estivermos tocando bem", acrescenta, ressaltando que o fator determinante para a sequência do grupo é a paixão que os manteve unidos mesmo com tantas dissoluções em outras bandas contemporâneas.
Além dos problemas de Malcolm, Rudd acaba de ser acusado por ameaças de morte e posse de drogas na Nova Zelândia. Isso porque o baterista escapou de responder pelo planejamento do assassinato de duas pessoas.
"Phil está em uma situação complicada atualmente. Antes dos últimos eventos já tivemos alguns problemas porque estava ficando muito difícil trabalhar com ele", revela Angus, que também põe em dúvida a continuidade do músico na banda. "Isso é algo que ainda temos que resolver", completa.
A atual crise vivida pela banda é tão grave como a que ocorreu em 1980, após a morte do vocalista Bon Scott no meio da gravação do célebre "Back in Black", o que impulsionou a chegada de Brian Johnson, que se mantém até hoje no AC/DC.
"Foi uma das piores coisas que a banda sofreu, mas administramos como pudemos e tivemos muita sorte de encontrar Brian", lembra Angus sobre os terríveis dias de gravação de um disco que, mais tarde, se transformou não só no mais bem-sucedido da carreira do grupo, mas também no segundo mais vendido de toda a história, com 50 milhões de cópias.
A marca de Malcolm Young estará impressa, de qualquer forma, em "Rock or Burst", onde foram retomadas ideias concebidas ao longo dos anos pelos dois irmãos, que podem ser notadas na aparência clássica das composições e dos "riffs" das novas músicas.
"Nossa fonte de inspiração continua sendo tão sólida como uma rocha e se sustenta nos mesmos pilares de sempre: guitarras, baixos e rock", afirma Angus.
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