A família do escritor brasileiro Jorge Amado (1912-2001), afirmou no fim de semana, que o acervo do autor, com cerca de 250 mil peças poderá ser doado a uma universidade norte-amerciana, por falta de recursos para preservá-lo no Brasil. Um neto do escritor, João Amado, fez a declaração em uma entrevista para televisão.
Amado lembrou que o que está para acontecer com seu avô é algo diferente do que acontece com outras personalidades. "Meu avô recebeu homenagens em vida, mas agora todo mundo o esqueceu", afirmou João Amado. A universidade de Harvard teria demonstrado interesse em receber e preservar o acervo composto de prêmios, documentos cinematográficos e fotográficos de sua obra, e os originais dos livros traduzidos em 19 idiomas, entre outros.
Atualmente, o acervo de Jorge Amado está dividido entre a Casa de Cultura de Salvador, na capital da Bahia, e na residência em que o escritor e sua esposa, a também escritora Zélia Gattai, de 91 anos, receberam personalidades da política e da literatura de todo o mundo.
Com freqüentes internações hospitalares por complicações de saúde, a viúva de Jorge Amado deixou há alguns anos de cuidar da casa do Rio Vermelho, onde também estão as cinzas do escritor enterradas ao pé de uma grande árvore.
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