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Terminal Guadalupe: acústico da banda curitibana despertou a atenção da MTV brasileira, que o colocou na íntegra em seu website |
Terminal Guadalupe: acústico da banda curitibana despertou a atenção da MTV brasileira, que o colocou na íntegra em seu website| Foto:

Shows

Leia as datas dos próximos shows do Acústico Mundo Livre, apresentados a cada quinzena, por duas bandas participantes do projeto, no palco do Jokers (R. São Francisco, 164).

29/08 – Regra 4 e Charme Chulo

12/09 – Nuvens e Mestre D’Alma

26/09 – CW7 e Anacrônica

10/10 – Poléxia e Real Coletivo Dub

24/10 – Relespública e Djambi

Programas

Confira as datas de transmissão dos próximos programas Acústico Mundo Livre, que vão ao ar aos domingos, às 18 horas, na Mundo Livre FM (93.9).

24/08 – Charme Chulo

31/08 – Nuvens

07/09 – Mestre D’Alma

14/09 – CW7

21/09 – Anacrônica

28/09 – Poléxia

05/10 – Real Coletivo Dub

12/10 – Djambi

19/10 – Relespública

O programa também pode ser ouvido pela internet, no site da rádio Mundo Livre (www.mundolivrefm.com.br).

Os acústicos das bandas Terminal Guadalupe, Black Maria e Regra 4 já foram ao ar, mas algumas faixas estão disponíveis no MySpace do programa (www.myspace.com/acusticomundolivrefm).

O especial gravado pelo Terminal Guadalupe também pode ser ouvido, na íntegra, na seção de lançamentos musicais, no site da MTV Brasil (www.mtv.com.br).

Bandas interessadas em participar do projeto podem enviar material para o e-mail acusticomundolivrefm@gmail.com

  • Nuvens: banda curitibana é a próxima a gravar suas canções em formato acústico

A velha história do "jabá" – espécie de propina paga às rádios por gravadoras e artistas em troca da execução de suas músicas na programação – está longe de ser coisa do passado. Isso para a infelicidade das bandas independentes, que não podem arcar com tal método para que suas canções atinjam um maior número de pessoas.

Ao mesmo tempo, é comum ouvir das rádios queixas relativas à baixa qualidade sonora dos trabalhos enviados por formações independentes às emissoras, o que, em tese, é o grande motivo da não-execução desse tipo de produção nas programações das FMs. À exceção de alguns programas, que se dedicam exclusivamente a veicular canções de bandas locais, em horários e dias da semana pré-estabelecidos.

Uma iniciativa da Mundo Livre FM, rádio integrante da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), vem dando conta de resolver ambos os problemas.

Idealizado por Helinho Pimentel, diretor artístico da rádio, o projeto Acústico Mundo Livre, além de registrar em formato desplugado canções de bandas locais em um estúdio de qualidade, veicula as gravações na rádio, com direito a entrevistas dos integrantes e shows quinzenais dos repertórios em novo formato. "A idéia é formatar as músicas de bandas locais de uma maneira que vá ao encontro à programação da rádio. É um projeto inovador no Paraná, desenvolvido com o intuito de aquecer a cena local", explica Pimentel.

Em uma primeira fase, 12 bandas curitibanas foram convidadas a criar arranjos acústicos para suas canções: Terminal Guadalupe, Black Maria, Regra 4, Charme Chulo, Nuvens, Mestre D’Alma, CW7, Anacrônica, Poléxia, Real Coletivo Dub, Djambi e Relespública.

"Optamos por começar com bandas que tenham personalidade", conta Vinícius Braganholo, produtor musical responsável pelas gravações, realizadas no Nico’s Studio. A seleção foi feita ao lado de Marielle Loyola, vocalista da banda Cores D Flores e diretora musical do projeto. "A idéia é transformar as músicas em algo mais radiofônico, só que pelas mãos das próprias bandas", explica ela.

O processo funciona da seguinte maneira: após o convite da produção do programa, as bandas marcam uma data para a gravação de um repertório de oito a dez músicas, transpostas para o formato acústico, com total autonomia de criação. Marielle acompanha o ensaio-geral, antes do registro no estúdio Nico’s, apenas para dar dicas e esclarecer possíveis dúvidas dos músicos.

Após gravadas, as canções (e uma breve entrevista com os integrantes) seguem para a Mundo Livre e passam por uma aprovação final dois dias antes de irem ao ar no programa, que é transmitido aos domingos (confira o calendário no quadro ao lado). Além dos programas, o projeto conta ainda com shows quinzenais, em que duas das bandas participantes apresentam as músicas acústicas no Jokers.

Até o momento, três programas já foram transmitidos: os das bandas Terminal Guadalupe, Black Maria e Regra 4. "Foi uma honra sermos a primeira banda do projeto. Não esperávamos este tipo de reconhecimento em Curitiba. Além disso, topamos porque seria mais um exercício interessante. Nossos shows são cheios de energia, dominados por guitarras ‘no talo’ e baterias pulsantes. Ficamos atraídos pela possibilidade de ir por outro caminho, mais sutil, e fazer incursões por outros gêneros", conta o vocalista Dary Jr..

Tais incursões incluíram elementos de ritmos como jazz, salsa, reggae e xote nas canções do TG, algo que surpreendeu os fãs da banda e satisfez as expectativas da equipe que coordena o projeto. "Até o nosso público tomou um susto! Foi desafiador reapresentar canções razoavelmente conhecidas, mas em outro formato e arranjo. Não faria sentido fazer um show ‘normal’", analisa Dary.

Já o Black Maria, aproveitou o acústico para atender a pedidos dos fãs, que andavam cansados do momento roqueiro atualmente vivido pela banda. "Estamos numa fase bem rock, com muita distorção e nosso público vinha reclamando um pouco do peso. Então, aproveitamos o convite para tocar músicas mais antigas, com instrumentos acústicos", conta o guitarrista Gabriel Teixeira.

Nuvens

Próxima banda a entrar em estúdio, o Nuvens pretende até fazer uma pré-produção das músicas em casa, antes de gravá-las. "Está sendo uma experiência bem legal. A proposta da banda já inclui uma liberdade muito grande de composição, por isso nosso trabalho dificilmente pode ser atrelado a um único rótulo. Estamos indo por caminhos bem diferentes dos originais e experimentando mais ainda", revela o guitarrista e vocalista Raphael Moares, em discurso afinado com o do diretor musical do projeto. "O segredo é o timbre e encontrá-lo vai depender da criatividade e do empenho de cada banda", explica Pimentel.

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