Às vezes a arte de fato imita a vida, e Adam Sandler e Kate Beckinsale, protagonistas de "Click" - que estréia nos EUA esta sexta-feira - sabem disso.

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A beldade britânica Kate Beckinsale e o ex-astro de "Saturday Night Live" disseram que pedaços de suas vidas reais entraram na comédia sobre um pai que consegue um controle remoto que comanda não só a TV, mas sua vida, e aciona o "fast forward" para o sucesso profissional. Para isso, sacrifica sua vida em família.

Sandler, de 39 anos, vem trabalhando virtualmente sem parar há dez anos em filmes que abrangem desde comédias como "Um maluco no golfe" até dramas como "Embriagado de amor".

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- Nesses anos tenho passado mais tempo no trabalho do que em casa, então o filme faz sentido para mim - disse o ator.

"Click" é um filme sobre a família, e Sandler contou que a morte de seu pai, alguns anos atrás, e o nascimento recente de sua filha lhe abriram uma visão nova sobre os temas do filme.

Já Beckinsale, de 32 anos, levava sua filha de 7 anos de idade para o set de filmagens, para estar perto dela. Não é fácil conciliar trabalho e maternidade.

Indagada sobre o que faria se pudesse ter um controle remoto sobre sua vida, ela brincou:

- Eu apertaria o pause e tiraria uma soneca.

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Em "Click", o arquiteto Michael Newman é próspero, mas quer garantir uma vida melhor para sua mulher, Donna (Beckinsale) e seus dois filhos. Para isso, ele precisa de dinheiro, e para ganhar mais dinheiro ele faz muitas horas extras para tentar conseguir ser aceito como sócio na empresa dirigida por seu patrão egocêntrico (David Hasselhoff).

Newman sonha com um descanso em sua rotina exaustiva. Um dia ele vai comprar um controle remoto para sua televisão e acaba recebendo um "controle remoto universal", capaz de lhe garantir uma pausa na vida, se assim o quiser.

Em lugar disso, o arquiteto aciona o "fast forward" para ver como sua vida poderia sair. Então o controle supersofisticado se programa sozinho para avançar rapidamente na vida de Michael, e este se vê como homem que envelheceu tendo sucesso nos negócios, mas deixando sua mulher e seus filhos de lado.

O filme talvez lembre aos cinéfilos o clássico natalino "A felicidade não se compra", de 1946, em que Jimmy Stewart é um homem que antevê seu futuro, mas percebe que se esqueceu das coisas simples, como a família, que davam sabor a sua vida. No início de sua carreira, em filmes como "Billy Madison, um herdeiro bobalhão" e "O rei da água", Adam Sandler representou jovens que faziam bobagens, mas acabavam superando as adversidades por terem bom coração. Michael Newman é um personagem mais velho, mas pertence à mesma estirpe desses.

- Parece que não estou ficando mais esperto com o tempo - disse o ator, rindo de seus papéis. - Meu pai me chamava de tonto, meu avô, também. Hoje, quando estou dirigindo, ainda ouço as pessoas me xingando de idiota.

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