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A música de Adoniran Barbosa foi somada à dança contemporânea pela Cia. 3 de Paus | Divulgação
A música de Adoniran Barbosa foi somada à dança contemporânea pela Cia. 3 de Paus| Foto: Divulgação
  • A Orquestra Rabecônica do Brasil, com som do litoral, estreia nesta sexta-feira com Açucena

A música é personagem em dois espetáculos apresentados de hoje a domingo. Adoniran (confira o serviço completo do espetáculo), que será encenado no Teatro da Caixa, faz uma homenagem ao paulistano ícone do samba de meados do século passado. E Açucena (confira o serviço completo do espetáculo)é o primeiro espetáculo da Orquestra Rabecônica do Brasil, criada com a intenção de fazer as canções e danças do fandango e da religiosidade litorânea paranaense "subirem a serra".

O universo do samba do autor de clássicos como "Iracema", "Tiro ao Álvaro", "Trem das Onze" e "As Mariposa" (sic) foi traduzido para o palco pelos paulistanos da Cia. 3 de Paus, que surgiu com a junção de três bailarinos multiartes: Aguinaldo Bueno, Sergio Rocha e Vitor Bassi também são percussionistas, músicos, sapateiam... Naturalmente, eles incluem essas diferentes linguagens nesse trabalho de dança contemporânea.

Para compor o figurino, eles usam guarda-chuvas que remetem à São Paulo da garoa e da malandragem.

Com grande interesse pela profundidade da cultura brasileira, a companhia elegeu o tom bem-humorado de Adoniran Barbosa para nortear o espetáculo que leva o nome do músico. A coincidência foi que, junto com a estreia, no ano passado, foi comemorado o centenário de nascimento do artista.

O espetáculo é mais poesia do que enredo: quem for esperando conhecer a vida de Adoniran terá que voltar para casa e consultar o Google. "Não é um musical tradicional. Construímos muito mais em cima das imagens que tínhamos com base nas letras das músicas", contou Sergio, que dirige o grupo, à Gazeta do Povo.

Paraná

Açucena será apresentado hoje, amanhã e domingo no Teatro Regina Vogue e volta dias 4 e 5 de abril, no Canal da Música. O espetáculo é considerado uma "opereta popular" porque conta a história de uma caiçara de 15 anos que se apaixona por um marinheiro.

O som litorâneo permeia todo o espetáculo: além de 5 atores, sobem ao palco 25 músicos e 8 brincadores do boi mamão – arregimentados entre crianças atendidas pelo Centro Cultural Boqueirão.

As charmosas rabecas são um elemento de especial destaque. Instrumento que está nas origens do violino, ela produz uma toada marcante do litoral paranaense. Fazem parte do espetáculo o boi mamão, a Folia do Divino, textos cantados em latim e "incelenças" fúnebres.

"Este projeto nasceu para buscar a identidade cultural do Paraná", conta Aorélio Domingues, que confeccionou os instrumentos ao lado de Dênis Carvalho Lang e Rodrigo Melo.

Nascido na ilha de Valadares, berço do fandango paranaense, ele agora estuda Belas Artes em Curitiba e sonha em exibir suas rabecas Brasil afora.

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