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Esqueça Homem Aranha 3, Harry Potter o a Ordem da Fênix, O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado e até o inesperadamente divertido e bem sacado Duro de Matar 4.0. O melhor filme de ação de 2007 é, de longe, O Ultimato Bourne, superior aos dois primeiros episódios da série inspirada nos romances de espionagem do escritor Robert Ludlum.

Eletrizante da primeira à última cena, o longa-metragem, que estréia hoje em todo o Brasil, se beneficia, sobretudo, do espetacular trabalho de direção do cineasta britânico Paul Greengrass, indicado ao Oscar neste ano pelo perturbador Vôo United 93.

Na trama, o assassino desmemoriado vivido por Matt Damon finalmente consegue pôr a limpo a própria história, descobrindo quando, como e por que se tornou um matador de elite em nome dos interesses internacionais do governo norte-americano. Sua busca pela verdade, no entanto, por mais importante que seja para o espectador, é mais um componente diante da genialidade com que essa jornada final do personagem é encenada por Greengrass.

As cenas de ação são, sem exagero, magistrais, coreografadas nos mínimos detalhes para que o público não tenha a sensação de já ter visto igual ou melhor – e mantenha seus olhos grudados na tela. E a edição? É simplesmente primorosa. Vale ficar atento à seqüência que se desenrola da cidade marroquina de Tângier: trata-se de uma aula de como reinventar clichês, dando-lhes frescor e alta dosagem de adrenalina.

E a atuação de Matt Damon merece um parágrafo à parte. Ator inteligente, apesar de não ser exatamente tão versátil e denso quanto um Edward Norton, ele consegue dar ao personagem, um homem atormentado pela falta de identidade, uma complexidade surpreendente. É um (anti) herói modelo para os conturbados tempos pós-11 de Setembro.

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