Os empresários Alexandre F. Nunes e Edgar de Barros Moreira, ambos da área financeira, perceberam que o momento propício da fotografia em Curitiba também gerou uma lacuna: os fotógrafos precisam de ajuda para vender seus trabalhos. Por isso, criaram a Move Images (moveimages.com), agência de fotografia digital inaugurada recentemente, que trabalha com venda no formato fine art, licenciamento de uso de imagem, agenciamento dos profissionais e projetos especiais (como livros, exposições e workshops).
Eustáquio Neves, Orlando Azevedo, João Urban e Zig Koch são alguns nomes representados pela agência, formatada por Alexandre depois que ele passou um ano sabático em Nova York estudando fotografia. “Observei o mercado de lá e vi que havia uma carência aqui. Nossa abordagem é bastante comercial, não temos vergonha de vender. É um paradigma que existe no mundo da arte, do qual a gente discorda”, frisa Alexandre.
Na recém-inaugurada Galeria Boiler, a fotografia também tem espaço de destaque. “O público começou a perceber que ter uma fotografia é igual uma pintura”, pontua a artista visual e galerista Lívia Fontana. Para ela, o “over” da tecnologia gerou um movimento contrário. “Existem profissionais e consumidores que prezam pela excelência da técnica.”
Criador da única galeria dedicada exclusivamente à fotografia na cidade, a Portfólio, Nilo Biazzeto Neto acredita que a arte deve ser divulgada (tanto que realiza eventos como maratonas fotográficas e vendas de imagens a preços acessíveis), mas que é preciso cuidado com a glamourização excessiva. “A democratização é interessante, mas vejo que há muita gente se aproveitando. Tem que buscar um caminho consistente, e não só o imediatismo de aparecer.” (IR)
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