Detalhes
Sandy não se distancia da veia pop em seu trabalho de estreia, Manuscrito, lançado em maio deste ano.
Pop
O álbum, que serve como base do repertório do show de estreia da cantora, não foge muito do que já conhecemos de Sandy. "Quem eu Sou", o segundo single do álbum, define bem esta característica deste primeiro trabalho. "Tenho um gosto especial por jazz, MPB e bossa nova. Mas eu não tinha a intenção de trazer isso para o meu disco", define.
Clássicos
Além das canções mais intimistas, que demonstram a personalidade de Sandy, canções da "era Sandy & Junior" não devem ficar de fora. "Vou cantar algumas músicas da minha carreira com meu irmão, algumas que marcaram época", explica.
O que ela gosta
Canções que Sandy "gosta de cantar" também entraram no set list final da estreia da turnê. "São seis ou cinco covers", adianta. Alguns dos artistas que devem figurar na lista são Lenine, Marisa Monte e a banda Legião Urbana. "Esse roteiro é bem pessoal", finaliza.
Sucesso
A escala, sem dúvida, diminui. Mesmo assim, a turnê de Manuscrito tem tudo para render bons frutos a Sandy. Seu álbum de estreia, por exemplo, já vendeu mais de 80 mil cópias, uma ótima marca para a situação atual do mercado fonográfico brasileiro.
Estreia
A estreia em Curitiba, segundo Sandy, foi por acaso. "A única coisa recomendação foi a de que eu gostaria de passar pela cidade", explica ela.
Por conta da logística da turnê, a capital paranaense foi definida como a primeira data. "É um lugar que sempre me recebeu muito bem, eu sinto um carinho muito grande dos fãs. É um público muito participativo", define.
Aos 27 anos, Sandy tem uma história de conquistas. Na carreira, ela carrega uma bem-sucedida jornada ao lado do irmão, Junior Lima, que resultou em mais de 17 milhões de álbuns vendidos ao longo de 17 anos. Na vida pessoal, casada há quase dois anos com o músico Lucas Lima, parece estar realizada e feliz. Depois de tudo isso, o que resta fazer?
Seu mais recente sonho realizado é, sem dúvida, a primeira tentativa de, finalmente, tocar a carreira sozinha. "Esse álbum foi, sem dúvida, um grande sonho que agora eu concretizei", define a cantora, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo. "Graças a Deus, posso dizer que eu sou uma pessoa realizada. Estou feliz com o que eu tenho, com o que conquistei", completa Sandy a respeito dos feitos já realizados ao longo de poucos anos de vida, porém, muitos de carreira. "Eu poderia dizer que quero fazer uma turnê internacional, mas... eu já fiz isso", diz ela, aos risos.
A responsabilidade em torno da nova turnê, que desembarca em Curitiba amanhã (19), em única apresentação no Teatro Positivo, está apenas em suas mãos. "Era muito diferente antes. Agora, tudo depende só de mim. Antes, eu dividia tudo com o meu irmão, ele era mais responsável pela parte musical do que eu", diz em relação ao peso que esses primeiros shows representam. "Agora tudo depende da minha aprovação. Fiquei mais sobrecarregada, mas no bom sentido, sabe?", explica Sandy sempre em tom calmo.
Ao longo da conversa, é impossível não perceber a tranquilidade com a qual Sandy conduz o bate-papo. Ela conversa com a segurança de alguém que já perdeu as contas de quantas vezes deu uma entrevista. Aliás, ela nem sequer se importa com alguns detalhes que jamais seriam deixados de lado por um grande artista pop. Nessa conversa, não foi preciso nenhuma intermediação de um assessor Sandy fez a ligação por conta própria. Tudo sem frescuras.
O rótulo de "perfeitinha", que carrega por muitos anos, já deixou de ser novidade. Ela é o que transparece. E é essa personalidade que tentará mostrar no palco. Na turnê de Manuscrito, o cenário segue o ar intimista de suas novas canções, uma decoração retrô, aliada a imagens projetadas ao fundo. No repertório, além de suas canções próprias todas escritas ou coescritas por Sandy, com o auxílio de Junior e do marido, Lucas, em algumas músicas , ela apresenta, sim, músicas da sua carreira com seu irmão, além de releituras de alguns de seus artistas favoritos.
"As músicas que entraram no repertório foram aquelas que significam algo para mim. Coisas que eu gosto de ouvir, que eu cantaria em uma rodinha de violão", define a cantora. Trata-se, além de tudo, de um teste. Os primeiros shows da turnê serão realizados este ano em Curitiba, depois São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. "Vamos ver como o pessoal vai sentir. Depois, se eu achar que falta alguma coisa, eu coloco no repertório no ano que vem", reitera.
Bem-sucedida ao longo de toda a sua carreira, Sandy parece satisfeita com a boa aceitação do público e da crítica de seu mais recente trabalho. Ela garante que sucesso é importante, mas não tem pretensão de manter a grande escala que alcançou no passado. "Sucesso não é fundamental. Claro que é importante, é gostoso sentir que você é querida e bem aceita, mas não é a causa principal. Eu costumo dizer que eu quero o público que me quiser, seja ele pequeno ou grande", diz.
Serviço:
Sandy Turnê Manuscrito (confira o serviço completo do show). Sexta-feira (19), às 21 horas. Teatro Positivo Grande Auditório (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3315-0808. Entrada: R$ 74 (plateia inferior, meia-entrada) e R$ 64 (plateia superior, meia-entrada).
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