"Watch the Throne", álbum lançado na madrugada de segunda-feira-feira por Kanye West e Jay-Z, recebeu críticas entusiasmadas na imprensa e na internet.
O Allhiphop.com deu ao trabalho 9 estrelas, num máximo de 10, considerando "no mínimo uma vitória criativa, e no máximo uma mudança de paradigma para o hip-hop".
"Watch the Throne" foi lançado exclusivamente pelo iTunes à 0h de segunda-feira (hora da Costa Leste dos EUA; 1h em Brasília).
O músico e produtor Questlove disse pelo Twitter ainda durante a madrugada que estava encantado com a atuação de Jay-Z em "Who Gone Stop Me," desde já candidato a hit no álbum. "(A faixa) está sendo ouvida pela quarta vez às 2h da manhã", escreveu ele.
Também no Twitter, o DJ e historiador do hip-hop Davey D disse que "Watch the Throne" é "melhor do que illmatic, 36 chambers, Aquemini, Sgt Pepper & Joshua Tree juntos" - referindo-se aos álbuns de Nas, Wu-Tang Clan, Outkast, Beatles e U2.
Em resposta, o jornalista e escritor Toure deu um conselho a Davey D: "Amigos não deixam os amigos exagerarem". Mas Toure também se mostrou impressionado com o álbum, que chamou de "ótimo", especialmente por causa das letras "substanciais" em faixas como "New Day", na qual Kanye e Jay-Z se dirigem aos seus futuros filhos.
Alguns poucos comentários tenderam para o negativo. Greg Kot, do Chicago Tribune, disse que o álbum merecia duas estrelas (o máximo são quatro). Para ele, Jay-Z perdeu o gás e "não surpreende mais, simplesmente precisa preencher as atualizações anuais lembrando à gente que, afinal de contas, ele é Jay-Z, e a gente não é". Já Kanye West, segundo o crítico, parece "desesperado, transparente, estranho, vulnerável."
Os fãs do hip-hop esperavam impacientemente por "Watch the Throne" desde que Kanye West falou pela primeira vez a respeito do trabalho, pelo Twitter, há quase um ano. A parceria da dupla já dura mais de uma década - Kanye West estourou como produtor do selo Roc-a-Fella, que tinha Jay-Z entre os seus criadores.
O álbum tem participações especiais de Frank Ocean, Beyoncé e Mr. Hudson, além de incluir vocais dos falecidos Otis Redding e Curtis Mayfield.
A boa repercussão deve ser um alívio para West, que no fim de semana causou polêmica ao dizer num show na Inglaterra que as pessoas o olham como se ele fosse Adolf Hitler, e que ele gostaria de ser mais compreendido e apreciado.
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