“Porque a melhor maneira de se viajar é a bordo de um chapéu”. Ninguém melhor que o Chapeleiro Maluco, vivido por Johnny Depp na adaptação cinematográfica de “Alice no País das Maravilhas”, dirigida por Tim Burton, para dar valor a esse acessório. Na semana de estreia da sequência “Alice Através do Espelho”, relembre outros chapéus marcantes da história do cinema:
O Côco de Chaplin
A figura do vagabundo faz parte do imaginário coletivo de todos aqueles que apreciam a sétima arte. Chaplin revolucionou o cinema de diversas maneiras, tanto em aspectos técnicos quanto artísticos, mas é a figura do seu mais famoso personagem que ajudou a universalizar seu legado de centenas de produções em que podia atuar como ator, diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino ou roteirista. Chaplin se tornou tão famoso que tem até um asteroide batizado em seu nome: o 3623 Chaplin, descoberto por Lyudmila Georgievna Karachkina em 1981.
Malcolm McDowell , em Laranja Mecânica
Não seria exagero supor que este exemplo se inspirou largamente no anterior. Está lá o chapéu côco, está lá a bengala. O que destoa é o gosto pela ultraviolência. Marcante pelos motivos opostos aos de Carlitos, McDowell deu vida a Alex, um sociopata líder de uma gangue - os drugues - que vivia sob regras e idioma próprios. O chapéu, nesse caso, é elemento de um contraste entre o refinamento dos modos e a selvageria dos atos, traço marcante em todo o filme dirigido por Stanley Kubrick, tendo como base a obra literária homônima de Anthony Burgess.
O Floppy de Audrey Hepburn
Em “Bonequinha de Luxo (1961)” Audrey Hepburn encantou o mundo simplesmente admirando uma vitrine. Dirigido por Blake Edwards, o longa é uma adaptação do livro Breakfast at Tiffany’s, de Truman Capote, e acompanha a história de Holly Golightly, uma garota de programa nova-iorquina que oscila entre a ambição e ingenuidade na tentativa de se casar com um homem rico. O floppy preto com uma faixa em tom contrastante ajuda a compor com perfeição a personalidade da personagem.
O The Poet (ou Cury) de Indiana Jones
Impossível imaginar o arqueólogo mais famoso do cinema Indiana Jones sem o seu inseparável chapéu, seja em busca do Santo Graal ou explorando civilizações perdidas. Em meio a disputas sobre quem seria o autor do famoso acessório – a loja inglesa Swaine Adeney Brigg disputa com brasileira Cury a autenticidade do modelo – o fato é que, tanto quanto o chicote, ele é indispensável na composição do personagem inspirado em Flash Gordon, Professor Challenger e até mesmo em James Bond. Por muito pouco não vimos o icônico chapéu ornando a cabeça de Tom Selleck, primeiro ator cotado para o papel.
A cartola de Apollo Creed
Quando Ivan Drago (Dolph Lundgren) enfrenta o campeão mundial Apollo Creed (Carl Weathers) no quarto filme da franquia Rocky, ele tinha à frente mais que um adversário, tinha um símbolo do orgulho americano. Toda essa imponência se traduzia na indumentária do lutador no dia do combate, cheia de referências nacionalistas da terra do Tio Sam. A cartola característica da figura que convocava os jovens ao alistamento para a Primeira Grande Guerra não podia faltar.
O boné colorido de Marty McFly
No segundo filme da franquia “De Volta Para o Futuro”, quando Marty McFly visita o “distante” ano de 2015, além dos carros voadores movidos a lixo, hoverboards e um mini Elijah Wood reclamando de ter de usar as mãos para jogar fliperama, também chama a atenção o vestuário dos jovens daquela linha temporal. Algumas das peças como o tênis que amarra sozinho caíram tanto no gosto dos fãs que já tiveram suas produções confirmadas no futuro. Mas o que ainda aguardamos ansiosamente é poder usar o boné multicolorido usado pelo protagonista para se misturar com os locais.
O chapéu de pirata de Jack Sparrow
Outro personagem de destaque de Johnny Depp também no quesito caracterização é o capitão do Pérola Negra, pirata Jack Sparrow. O chapéu é a coroação de uma composição artística que foge dos estereótipos do velho lobo do mar conhecidos até então para o cinema. A franquia em si já nasceu de uma ideia inusitada. O roteiro de Piratas do Caribe nasceu inspirado em uma das atrações mais clássicas do parque da Disney, que só por isso já merecia toda a homenagem.
Mago Mickey em Fantasia
Passando ao universo fantástico onde as vassouras dançam e as águas respondem aos comandos do ratinho, o que seriam dos poderes de Mickey sem o seu chapéu? Seguindo as trilhas compostas por Leopold Stokowski, a animação alterna diversos momentos cheios de cores e ritmos onde o personagem principal vive toda forma de encantamento.
O Chapéu Seletor de Harry Potter
E se existisse um chapéu capaz de ler a sua personalidade e indicar qual caminho a seguir baseado em suas realizações futuras? Se você é trouxa, esse tipo de coisa jamais faria parte do seu universo. Mas se a magia corre dentro de você, basta tentar uma vaga em Hogwarts e deixar o Chapéu Seletor decidir para qual casa você deve ir. Seja você da Sonserina, da Grifinória, da Lufa-Lufa ou da Corvinal, não há como escapar da sabedoria desse acessório pensante.
O chapéu do Mago Gandalf
Apesar de Gandalf, o Cinzento figurar na última posição da lista, chega em tempo. Afinal, como o próprio personagem interpretado por Ian Mckellen na adaptação da obra de J. R. R. Tolkien “O Senhor dos Anéis” afirma: “um mago nunca se atrasa, nem se adianta, ele chega exatamente quando pretende chegar”.
O pontudo chapéu é quase marca registrada do mundo da magia, mas o ornamento cinzento do Mithrandir (peregrino cinzento em tradução livre do Sindarin, idioma falado pelos elfos na Terra Média), guarda um ser praticamente imortal cuja função é proteger as eras do avanço de forças escuras. Quem sabe que segredos estão debaixo do acessório?
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