Tradição, criação e transgressão foi o segundo encontro literário da I Festa Portuguesa de Cabo Frio, que acontece até domingo com o objetivo de evidenciar a ligação entre as culturas de Brasil e Portugal através da literatura, artes plásticas, teatro, cinema, música e gastronomia. O encontro, ocorrido ontem à noite, uniu os portugueses Jacinto Lucas Pires e Francisco Viegas e os brasileiros Paulo Nogueira, Rafael Cardoso e Nelson de Oliveira, organizador do livro "Geração 90 - Os transgressores", que apresenta a prosa de 30 contistas e romancistas. Durante o debate, Oliveira diz ter repensado o conceito de transgressão, afirmando que quando publicou "Geração 90" tinha noção exatada do que pretendia, mas o cenário atual da literatura brasileira mudou sua visão. Para ele, num país com 75% de sua população funcional analfabeta e com um grande foco na cultura audio-visual, a literatura produzida pelos chamados transgressores não adquire nenhum peso, pois é lida por uma minoria.
- Produzir alta literatura hoje, no Brasil, é a verdadeira transgressão -afirmou o escritor.
A programação da Festa prosseguiu hoje com a participação do escritor Flávio Tavares falando sobre exílio e com a mesa "Sou toda coração", reunindo as escritores Inês Pedrosa, Ana Marques Gastão, Felipa Melo, Astrid Cabral e Adriana Lisboa. Amanhã, último dia dos encontros literários, uma mesa sobre os diálogos poéticos entre Brasil e Portugal vai reunir os poetas Ivan Junqueira, Alexei Bueno e Ivo Barroso.
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