Amado Batista pode não ser o maior vendedor de discos da história do Brasil, mas provavelmente não está longe do topo.
Com 26 discos de ouro, 26 de platina, um de diamante (além de 2 DVDs de ouro e 2 de diamante), o cantor goiano já vendeu mais de 22 milhões de discos desde que começou sua carreira em 1975, com o EP independente "Amado Batista". A nova empreitada do cantor, nascido na cidade de Catalão, em Goiás, é o disco / DVD "Acústico".
O disco conta com a participação de diversos amigos de Amado Batista Sérgio Reis em "Desisto" ("Ele é meu amigo desde o tempo que eu tinha minha loja de discos (...) e me ajudou muito a sair de Goiás para fazer sucesso em São Paulo", diz Amado), Leonardo em "Carta sobre a mesa", o novato Eduardo Costa em "Amigo", Rosemary cantando seu sucesso "Separação" e Fagner com "Romance no deserto", versão em português para "Romance in Durango" de Bob Dylan.
Sempre associado à música popular e romântica, o cantor explica que Bob Dylan é uma inspiração: "Eu sou dessa escola de Beatles, Bob Dylan, Roberto Carlos, Jovem Guarda", conta Amado. "Escolhi Romance no deserto porque acho essa música o máximo, parece um filme", completa, contando também que já havia convidado Fagner para dividir os vocais na música em 2000, no show em que Amado comemorou 25 anos de carreira.
Família
Divorciado e vivendo sozinho há mais de 20 anos, o cantor diz não ter problemas com o assédio das fãs: "o dia em que isso não acontecer, eu não vou estar fazendo sucesso". Mas Amado também pensa na família. O cantor aproveita seus shows por todo o Brasil para ajudar uma nova dupla de músicos: Erich e Bruno.
Ambos são filhos de Amado, e formam uma dupla sertaneja que costuma abrir os shows do pai, compartilhando com ele a banda de apoio. Com o primeiro CD lançado em 2005 e também com um DVD nas mãos, Erich e Bruno são os únicos artistas que, além do próprio Amado, que têm seu material a venda na loja virtual do cantor. O site oferece quase toda a discografia de Amado, com os CDs custando R$ 10 em média.
Mesmo com tantos discos vendidos na carreira e baratenado seus preços, Amado Batista também sofre com a pirataria. "O cantor até consegue sobreviver fazendo shows, mas quem está perdendo muito dinheiro são os compositores, que vivem de escrever música. O Brasil deixa de arrecadar 30 bilhões por ano por causa da pirataria. Enquanto as pessoas não tomarem vergonha na cara e elegerem um político que encare isso de frente, a situação da pirataria só deve piorar", reclama.