
Da origem ao resultado final, O Homem Duplicado, dirigido pelo canadense Denis Villeneuve (uma das estreias do fim de semana), é uma obra estranha, de difícil classificação. Baseado no livro homônimo do português José Saramago, de 2002, a trama fala sobre um introspectivo e atormentado professor de história (Jake Gyllenhaal), que descobre a existência de um sósia perfeito, um ator (também interpretado por ele), ao assistir a um filme banal. Decide ir atrás de seu duplo e conhece um homem em tudo diferente dele, extrovertido e narcisista com exceção, claro, do físico. A partir do encontro, as vidas dos dois passam a se embaralhar. Em meio à trama quase sempre realista, há aparições fantásticas, surreais, de aranhas gigantes que lembram as criadas pela artista francesa Louise Bourgeois.



