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Quando Caetano Veloso não lança alguma coisa nova, alguém o faz por ele. É o caso de dois livros que acabam de chegar ao mercado: O Mundo Não É Chato (Companhia das Letras, 368 págs., R$ 45) e Folha Explica Caetano Veloso (Publifolha, 200 págs., R$ 19). O primeiro, organizado pelo poeta Eucanaã Ferraz, é uma compilação de textos escritos pelo compositor desde os anos 60. O segundo, de autoria de Guilherme Wisnik, tenta explicar o artista sem apelar para didatismos.

Em ambas as publicações, chama a atenção a intensa relação de Caetano com os meios de comunicação. Polemista nato, debatedor de todo e qualquer assunto, o baiano sempre soube usar o espaço midiático a seu favor. O veículo não importa. Seja por meio de artigos enviados à imprensa ou aparições públicas inesperadas (vide a recente participação no último capítulo da novela América), o baiano sempre encontra um jeito de dar seu recado.

Essa "onipresença" faz de Caetano uma das personalidades mais amadas e odiadas do país. Para tentar refletir sobre a ambigüidade de sua relação com o público e a mídia, ninguém melhor do que os dois autores citados acima. Confira na página 3 o que eles pensam acerca dos sentimentos despertados pelo artista mais inexplicável da MPB.

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