Ana Larousse: Canções de delicada poética que a encaminham para ser uma das grandes letristas brasileiras| Foto: Daniel Caron / Divulgação

Ana Larousse canta e o mundo fica mais delicado. O universo a ponto de se estilhaçar, sem ar, num suspiro etéreo e eterno. Suas letras, líricas, compartilham solidão sem mágoa.

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Ela ainda está começando, é praticamente inédita, mas tem tudo para estar entre os bons letristas do Brasil.

Suas canções distendem a linha do tempo a ponto de quase pará-lo, enquanto o belo se aproxima da angústia, sem torná-la linda. É a vida belamente retratada em música e palavras. E a vida não é só amor e carinho, também é feita de perdas e rupturas. Som sem fúria.

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Mas Ana nunca lançou um disco e nunca fez um show solo integral. O disco, ela está terminando de produzir. A estreia em espetáculo será hoje, no Teatro do Paiol, a partir das 20h30, e se eu fosse você, não perderia esta rara oportunidade. Para te convencer, ela escreveu um texto exclusivo em que fala um pouco sobre os dois projetos.

Conte-nos tudo, Ana:

"O primeiro disco, Tudo Começou Aqui, produzido por Rodrigo Lemos (A Banda Mais Bonita da Cidade e Lemoskine), é um delicado tratado sobre solidão e partidas. Um jeito de sublimar qualquer tristeza e bagunçar o coração de quem ouvir.

O disco, composto de canções autobiográficas, é bastante intimista e trabalhado com timbres bastante delicados, por isso, a escolha de gravá-lo, em sua maior parte, em casa – parte na casa do Rodrigo e parte na casa de minha avó, onde foi gravado o clipe de "Oração" d’A Banda Mais Bonita da Cidade. Somente as vozes de algumas canções estão sendo gravadas no estudio OffBeat, do amigo Ale Rogoski (Lesmokine e Baque Solto).

Um tico sobre o show:

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O show Pra Não Espantar as Ausências (nome tirado de um texto que o escritor-amigo Luiz Felipe Leprevost escreveu sobre mim) é meu primeiro show solo. Sim! O primeiro! Fiz vários pequenos shows voz e violão em Paris, cantando canções minhas e do Leo (Fressato, compositor e amigo). Mas show pra valer, com banda e bastante cuidado, nunca teve.

Aqui em Curitiba sempre optei por fazer shows com o Leo, no trabalho dele. Assumo que isso se deu a um certo medo (entenda pânico) de ser a frontwoman de um show. Mas agora me sinto preparada e cantar minhas canções para as pessoas tornou-se vital! Tão vital que ficou muito maior do que qualquer medinho!

Chega de devaneios! Nesse show vou cantar quase o disco todo (com exceção de uma faixa, todas estarão presentes). Tocarei também algumas canções inéditas, escritas nos últimos dois meses e uma canção do Leo, que estará no meu disco também!

Comigo no palco estarão: Rodrigo Lemos, Vinicius Nisi, Rosano Mauro, Leo Montenegro, Luis Burscheidt. E as participações especiais ficam por conta do – claro – Leo Fressato, do Joao Félix e da minha irmã, Beatriz Pires Santana.

Vai ser um show com a cara do disco. Uma melancolia com céu azul. Tipo um dia ensolarado de outono. Um sonzinho que passeia por influências (‘acidentais’) de Belle and Sebastian, Beatles, Los Hermanos, Mallu, Beach Boys e, óbvio, das loucurinhas de cada um dos integrantes.

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Acho que é um desses shows em que a gente sai com o coração bagunçado, mas com um sorriso no rosto. É... Acho que posso dizer isso."

Claudio e o Lindberg Hotel

Lindberg Hotel é um projeto de Claudio Romanichen, ex-integrante de duas bandas curitibanas do começo dos anos 90: Electric Heaven e, principalmente, The Good Witches. Esta segunda, um trio que durou de 1992 a 1994, tocava músicas próprias e que teve sua carreira interrompida pelo mesmo acidente trágico que vitimou alguns integrantes da banda Relespública.

A continuação desse texto com mais informações sobre o Lindberg Hotel e Claudio Romanichen, e também clipes exclusivos você pode encontrar no Blog Sobretudo.

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