Quando você reúne 85 mil fãs do Iron Maiden em um único lugar, dá para contar que uma grande porcentagem desse público gosta de André Matos e Viper, nomes grandes no metal brasileiro.

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Então colocá-los para um show juntos às 14h40, no dia em que a Cidade do Rock está muito mais cheia nesse horário do que nos outros seis dias de Rock in Rio, é um plano infalível. E foi realmente um tiro certo. Matos e Viper só tiveram que correr pro abraço.

O show começou com o cantor e a banda que o acompanha na atual carreira solo. Matos disparou músicas que gravou nos anos 1980 com o Viper, e emendou algumas que registrou na década seguinte com o Angra. Tudo bem que Viper e Angra foram "rivais" no metal, mas tudo virou festa a partir da entrada do Viper no palco Sunset.

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Com números arrebatadores como "Prelude to Oblivion" (original do Viper) e "Angels Cry" (espécie de clássico do Angra), a plateia foi envolvida pelas guitarras rápidas e o vocal ainda impressionante de Matos.

Para coroar o feliz reencontro, o encerramento teve uma versão mais acelerada de "We Will Rock You", do Queen.

Banda alemã Destruction recebe brasileiros do Krisiun

O vocalista do Destruction, Marcel "Schmier" Schirmer, escolheu bem a música de abertura do encontro de sua banda com a brasileira Krisiun, hoje, na tarde do Rock In Rio. "Curse the Gods" (algo como Amaldiçoe os Deuses") podia muito bem ser traduzida como "Maldito Roberto Medina".

O alemão estava visivelmente irritado pelo fato de estar tocando no palco menor, o Sunset, e precisando dividir sua horinha com os gaúchos do Krisiun. "O heavy metal está no último dia do festival porque o heavy metal manda aqui", aplacou o líder do grupo, também baixista, antes de tocar uma de suas músicas mais novas. "Esperamos voltar depois em um palco maior, o metal merece isso. Temos pouco tempo, então esta é 'Spiritual Genocide'."

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Em meia hora, os germânicos mandaram seu conhecido thrash metal e lotaram o palco secundário do Rock In Rio. O Krisiun entrou dividindo o palco em "Black Metal" e depois assumiu a meia hora final empolgando mais o público do que a principal atração.

O trio do interior do Rio Grande do Sul mostrou porque é uma das bandas de death metal brasileiras mais conhecidas pelo circuito europeu, inclusive na Alemanha, país natal do Destruction. Ao contrário do vocalista estrangeiro, o brasileiro Alex Camargo foi mais otimista: "É a primeira vez que o death metal aparece no Rock in Rio", gritou antes de disparar "Combustion Inferno".

O Krisiun, na sua meia hora, tocou "Ominous", "Vicious Wrath" e "Kings Of Killing", e chamou os alemães de volta para tocar "Total Desaster", do próprio Destruction com uma homenagem: "Vamos receber novamente uma das melhores bandas do mundo", disse Camargo. Dessa vez, o germânico não reclamou.