Em 1982, quando fizeram seu primeiro show, os Titãs eram nove. De lá para cá, integrantes saíram, um baterista foi trocado (saiu André Jung e entrou Charles Gavin que, por sua vez, deixou a banda em 2010 para dar lugar ao músico convidado Mario Fabre) e o guitarrista Marcelo Fromer morreu num acidente de trânsito, em 2001. No ano em que a banda completa 30 anos, nada mais justo que os fundadores e sobreviventes Paulo Miklos, Branco Mello, Tony Bellotto e Sérgio Britto façam uma grande festa, que se estenderá pelo ano inteiro.
Em março, eles estreiam o show em que vão tocar na íntegra o explosivo disco Cabeça Dinossauro (1986). Para o fim do ano, começo de 2013, preveem o lançamento de um CD de inéditas. Entre um e outro, em algum ponto do segundo semestre, eles fazem um show (que deve ser gravado em DVD), com a participação de ex-integrantes, de contemporâneos do rock e de convidados "que tenham a ver com o que a gente faz", como define o guitarrista Bellotto. "A esperança é a de que todo mundo possa participar", diz ele.
Informado sobre os planos da sua ex-banda, Charles Gavin se diz animado. "Acho que temos o dever de celebrar os 30 anos dos Titãs. Vamos tocar, trabalhar e nos divertir juntos outra vez". De férias, o ex-vocalista Arnaldo Antunes (que partiu para carreira solo em 1992) não se manifestou, embora fontes garantam sua presença. Já a assessoria de imprensa do ex-baixista Nando Reis (que saiu dos Titãs em 2002) informa: "Por enquanto, o Nando não foi convidado. Ele está superatarefado, ensaiando para uma sequência de shows. Logo depois, já entra em estúdio para gravar o novo disco."
Sem nostalgia
A festa dos 30 anos dos Titãs começa em 8 de março, quando eles estreiam no Sesc Belenzinho, em São Paulo, o show de Cabeça Dinossauro, disco que revelou a banda para o grande público com suas músicas agressivas ("Polícia", "Porrada", "Igreja" e "Bichos Escrotos") que as rádios, inicialmente, se recusaram a tocar. "Mas, de um dia pro outro, apareceu nos shows uma plateia que conhecia o disco inteiro", recorda-se o tecladista e vocalista Sérgio Britto.
Nesta semana, os Titãs começam em São Paulo os ensaios, tentando "não dar ao show um aspecto de coisa nostálgica", como diz Tony Bellotto. "Esse é um disco que nunca nos abandonou, ainda tocamos muitas músicas dele, como Polícia, Homem Primata, Cabeça Dinossauro e Porrada".
"Não é um projeto de arqueologia. No bis, vamos tocar outras músicas do nosso repertório que mostram nosso lado mais pesado", diz Britto, que deve cantar "Será Que É Isso Que Eu Necessito?" (do disco Titanomaquia, de 1993) entre as músicas da segunda parte do espetáculo. Até o momento, a turnê de Cabeça Dinossauro não tem shows marcados em outras cidades brasileiras.
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