Serviço
Por um Fio
Quando: Dias 23 e 24 de março, às 21h
Quanto: Ingressos a R$ 40. Estudantes e pessoas maiores de 60 anos pagam meia-entrada
Onde: Teatro da Reitoria (R. XV de Novembro, 1.299), (41) 3360-5066
"Nada transforma tanto o homem quanto a constatação de que seu fim pode estar perto." A constatação foi de Drauzio Varella, em 2003, no momento em que ele completava 60 anos, depois de três décadas de experiência profissional pacientes de câncer e portadores do vírus da aids. O médico relatou, preservando a identidade dos personagens, algumas dessas trajetórias no livro Por um Fio, que empresta nome a um espetáculo que entra na programação da mostra contemporânea do Festival de Curitiba amanhã (23) e terça-feira (24).
A adaptação, assinada pelo diretor carioca Moacir Chaves, começou a ser concebida imediatamente após a publicação do livro, em 2004. Em um primeiro momento, ele convidou a atriz Regina Braga, mulher de Drauzio Varella. Mas Chaves precisava de mais um personagem. A performance do ator mineiro Rodolfo Vaz em Salmo 91, peça criada a partir de Estação Carandiru (obra de estreia de Drauzio Varella), chamou a atenção do autor, de Chaves e de Regina. Durante 2008, enquanto Vaz cogitava se afastar por um ano do Grupo Galpão (o que, de fato, acontece neste momento), surgiu o convite para atuar em Por um Fio. Disse sim, sem hesitar.
"Morte é a ausência definitiva." A frase abre o livro de Varella. "Mas a peça é uma reflexão sobre a vida", analisa Rodolfo Vaz. Em cena, ele e Regina dizem, na íntegra, fragmentos do livro. O ator e a atriz, conta Vaz, podem ser tanto marido e mulher, médico e paciente, mas isso não é o ponto central da proposta da montagem. "O texto provoca uma reflexão sobre o que é feito da vida de quem recebeu a notícia de que vai, de fato, morrer", afirma Vaz.
A peça estreou no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, dias 6, 7 e 8 de março. Em seguida, esteve no Teatro Alterosa, de Belo Horizonte, entre 13 e 15 de março, para três apresentações, mas uma quarta sessão foi realizada devido à procura de ingressos. As impressas gaúcha e mineira focaram o noticiário na presença de Drauzio Varella, que esteve na plateia em ambas as temporadas. Regina não sabe se o marido estará em Curitiba, uma vez que o médico tem compromissos inadiáveis em São Paulo no início da semana. "Mas o Drauzio pode pegar um avião no fim da tarde de segunda-feira e voltar no primeiro voo de terça-feira", comenta.
A atriz diz que ainda é cedo para avaliar o impacto que a montagem causa no público. Vaz, por sua vez, constatou sobretudo a partir da experiência na capital mineira (onde nasceu e tem amigos) que muitos espectadores saem do teatro declarando ter mais vontade de aproveitar a vida. "Mas isso não quer dizer que a peça tenha um acento de autoajuda", salienta Vaz, para completar: "É que, no fundo, todos vamos morrer, só não sabemos a data do nosso prazo de validade. Refletir sobre a morte nos coloca ainda mais em contato com a vida."
Lula tenta se aproximar do favorito à presidência da Câmara, mas Hugo Motta quer independência
Maduro fala em usar tropas do Brasil para “libertar” Porto Rico; assista ao Sem Rodeios
Guinada da Meta pode forçar desvio de rota de STF e Lula quanto à censura nas redes
Enquete: você acredita que a censura nas redes sociais vai acabar após a declaração de Zuckerberg?
Deixe sua opinião