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Não é de agora que a arte de retratar plantas tem ganhado adeptos.

Registros da aplicação da técnica ilustrativa científica já foram associados aos antigos egípcios (3.500 anos antes de Cristo).

Mas foi a partir do Renascimento italiano, entre os séculos 14 e 16, que a técnica ganhou impulso, com o surgimento da corrente artística do naturalismo científico, da qual fez parte Leonardo da Vinci.

Brasil

No Brasil, a ilustração botânica foi um ponto de partida para a exploração da flora pelos portugueses, na época colonial. As paisagens tropicais costeiras do país foram ainda alvo de registros feitos pelos holandeses, em meados do século 16.

Mesmo com essa história anterior, os artistas costumam dizer que o desenvolvimento da ilustração de plantas em terras brasileiras foi impulsionado pela chegada da inglesa Margaret Mee (1909-1988), um dos maiores nomes da arte botânica mundial.

“Existe um antes e um depois na técnica aqui do Brasil com a vinda de Margaret Mee. Ela é o grande ícone deste trabalho no Brasil”, comenta Raul Böing, do Centro de Ilustração Botânica do Paraná.

Margaret Mee mudou-se em 1952 para o Brasil, onde permaneceu por 40 anos retratando espécies nativas da região amazônica, algumas, até então, desconhecidas. Foram ao menos 15 expedições realizadas pela inglesa na floresta da Amazônia. Ela também retratou plantas da floresta atlântica brasileira.

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