Apreciadores de Ferreira Gullar têm um motivo a mais para dedicar alguns bons momentos com um livro de poemas nas mãos. Desta vez, a entrega não é para versos escritos pelo maranhense, mas sim para conhecer as expressões de poetas que mais o inspiram e que, agora, estão reunidas no livro O Prazer do Poema – Uma Antologia Pessoal, publicado pela Edições de Janeiro. A coletânea, que reúne mais de 150 textos de 80 escritores nacionais e estrangeiros de diferentes épocas, nasceu de uma descoberta do autor: “A descoberta de uma coisa eu que já sabia: que o poema pode deslumbrar as pessoas”, escreveu ele no prefácio da obra.
Entre os deslumbres preferidos de Gullar, estão nomes como Rimbaud, Fernando Pessoa, Mário de Andrade, T.S. Eliot, Carlos Drummond de Andrade, Dante Alighieri, Luís de Camões, Pablo Neruda e João Cabral de Melo Neto. Em O Prazer do Poema, os versos aparecem divididos por sessões com temáticas semelhantes. Abordam desde a metalinguagem (como “Meu Verso”, de José Martí, e “O Violão Azul”, de Wallace Stevens) até questões que envolvem intimidade e natureza, traduzidas em textos como “Ode ao Gato”, de Pablo Neruda; “Para Pintar o Retrato de Um Pássaro”, de Jacques Prévert; e “Chuva de Caju”, de Joaquim Cardozo.
Ferreira Gullar (org.). Edições de Janeiro, 368 pp., R$ 58.
A antologia organizada por Gullar – que sucede Ivan Junqueira na Academia Brasileira de Letras desde dezembro – é um compilado de versos universais. Daqueles que, com uma tradução justa, como é o caso nesta obra, tumultua o conforto de qualquer leitor.
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