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Morreu neste sábado (27) a cantora lírica Diva Pieranti, 82. Ela estava internada desde 22 de setembro no hospital São Lucas, em Copacabana, zona sul do Rio. De acordo com a assessoria da unidade, Pieranti se tratava de um AVC (acidente vascular cerebral) e teve uma parada cardiorrespiratória irreversível às 3h25.

O corpo está sendo velado na capela 8 do Cemitério São João Batista desde o fim desta tarde. O enterro está marcado para as 11h deste domingo.

Pieranti foi uma "cantora que marcou época", disse o maestro Julio Medaglia. "Era referência internacional. Poderia estar em qualquer palco do mundo, no entanto, lutou muito para se fazer uma boa ópera e uma boa música de câmara no Brasil", destacou.

Para o diretor do Theatro Municipal de São Paulo, maestro Abel Rocha, o que mais impressionava na cantora era sua "personalidade vocal, sua segurança na interpretação". Segundo o maestro, mais do que uma grande representante da arte do canto lírico brasileiro, Pieranti se tornou "uma das mais importantes professoras, sobretudo para uma geração de cantores do Rio de Janeiro".

A soprano iniciou carreira aos 18 anos, como solista no Theatro Municipal do Rio, sob regência do maestro Jean Constantinescu, da Orquestra Sinfônica Brasileira. Suas primeiras óperas foram La Bohème (Musetta), Barbeiro de Sevilha (Rosina ) e Elisir d'Amore (Adina).

Filha de italianos, estudou canto também em Nápoles com Pina Monaco, maestro Flaminio Contini, professor Do Maggio Florentino e Mimo Campanino.

Ao longo da carreira, dividiu os palcos com grandes nomes do canto lírico como Gigli, Mario Del Monaco, Beniamino Tagliavini, Di Stefano, Rossi , Lameni, Tito Schipa, Boris Christoff, Giuglio Neri, Renata Tebaldi, Pia Tassinari, Fedora Barbieri e Elisabetta Barbato.

Pieranti também foi dirigida por importantes maestros, como Túlio Serafin, Antonino Voto, Emilio Tieri, Molinari Pradello, Albert Wolff, Patane, Edoardo Guarnieri, Eleazar de Carvalho e Santiago Guerra.

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