Há um gosto de estranheza em tudo que o ator Owen Wilson faz, não apenas por sua dicção muito particular, mas, também, pelos papéis que escolhe. Alguns esses personagens, inclusive, o ator ajudou a criar, na qualidade de colaborador de roteiro do cineasta Wes Anderson, em Rushmore, e, principalmente, em Os Excêntricos Tenenbaums.
No caso de Dois É Bom, Três É Demais, que estréia hoje no circuito nacional, coube a Wilson, além da produção executiva, o papel mais interessante do filme. Trata-se de Dupree, o melhor amigo de Carl (Matt Dillon), engenheiro recém-casado com a professora Molly (Kate Hudson).
O casamento funciona como rito de passagem para a idade adulta para Carl, enquanto Dupree segue sua vida de eterno adolescente até ser demitido e ficar sem teto ou dinheiro. O casal de amigos se solidariza com a situação do desabrigado e oferece a hospitalidade de sua casa, decisão que leva ao previsível choque entre os estilos de vida. Até ai o filme funciona mal tanto no quesito romance (que nunca decola) quanto comédia (o grotesco e o escatológico chega a constranger).
A presença do empresário Mr. Thompson (Michael Douglas), pai de Molly e chefe de Carl, levará a uma inversão de papéis, apoiada por uma mudança súbita de comportamento em Dupree. Logo, é Carl aquele que sobra no trio e quem terá de aprender a mudar.
Ao final, assim como em Os Penetras Bons de Bico, trata-se de uma comédia romântica sobre o amadurecimento masculino. Mas, é apenas na transformação de Dupree que o filme ganha doçura e simpatia, no que é predominantemente um filme que não sabe aonde quer chegar, fruto de uma história que parece remendo de muitas idéias contraditórias (e talvez boas). GGG
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