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Axl Rose, o último bad boy do rock: talentoso e arruaceiro | Divulgação
Axl Rose, o último bad boy do rock: talentoso e arruaceiro| Foto: Divulgação

Trajetória

Confira a história e disco­grafia do Guns N’ Roses:

1985 – O Guns N’ Roses surge da fusão das bandas Hollywood Rose, em que tocavam o vocalista Axl e seu amigo guitarrista Izzy Stradlin, e de outra chamada L.A. Guns. No mesmo ano, entram o baixista Duff McKagan, o guitarrista Slash e o baterista Steven Adler, a formação mais conhecida do grupo.

1986 – Lançam o EP independente Live ?!*@ Like a Suicide. Uma cópia do disco chega à gravadora Geffen Records, que decide assinar um contrato com a banda.

1987 – O Guns N’ Roses alcança o estrelato mundial com seu primeiro álbum, Appetite for Destruction. Os três singles, "Welcome to The Jungle", "Paradise City" e "Sweet Child O’ Mine" chegam ao topo das paradas. Até hoje, o álbum vendeu mais de 40 milhões de cópias em todo o mundo.

1988 – A banda lança o disco de sobras de estúdio G N’ R Lies. Começam os problemas dos integrantes com excessos de drogas e álcool.

1990 – Adler é demitido e substituído por Matt Sorum. Começam as gravações dos álbuns Use Your Illusion.

1991 – Em janeiro, a banda toca para 260 mil pessoas em duas noites no Rock in Rio 2 (foto), no Maracanã. Em setembro, são lançados os discos Use Your Illusion I e Use Your Illusion II que vendem juntos mais de 1 milhão de cópias na primeira semana. Os discos alcançam a primeira e segunda posição na parada da Billboard. Em novembro, Izzy deixa a banda.

1993 – O grupo lança The Spaghetti Incident?, álbum de covers (principalmente de punk rock) que recebe críticas negativas e vende pouco mais de um milhão de cópias.

1994 – Slash deixa a banda.

1998 – Com Tommy Stinson, baixista do The Replacements, e outros músicos a banda começa a gravar um novo álbum de estúdio.

2008 – Depois de dez anos e muitas trocas de integrantes, a banda lança Chinese Democracy. O disco alcançou a marca de 7 milhões de cópias vendidas no mundo todo.

Programe-se

Guns N’ RosesEstádio Durival Britto e Silva (R. Engenheiros Rebouças, 1.100), (41) 3016-5970. Dia 30 de março, às 21 horas (abertura dos portões às 18 horas). Ingressos de R$ 220 (arquibancada, inteira) a R$ 600 (Jungle Zone, em frente ao palco). Vendas e informações no site www.blueticket.com.br ou pelo telefone 4062-1214. Classificação indicativa: 16 anos.

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Axl Rose está chegando. Um dos últimos grandes encrenqueiros do rock traz o seu Guns N’ Roses a Curitiba daqui a três semanas para um esperado show no estádio Durival Britto e Silva, no dia 30 de março.

Mesmo seus fãs mais fervorosos reconhecem que Axl é mal-humorado, megalomaníaco e criador de caso. Ele é o cara que demitiu os velhos amigos de sua banda (e outras dezenas de músicos) e demorou dez anos para gravar um único álbum (leia mais nesta página).

Com mais de 50 anos, sua figura não é mais a do sex symbol arruaceiro, o artista mais comentado dos anos 1990. Sua voz não tem mais o alcance de outrora.

Por outro lado, mesmo quem não gosta de sua música ou persona pública, não nega a importância que Axl e sua banda exerceram na música pop dos últimos 30 anos e que a capital paranaense agora pode ver de perto pela primeira vez.

O Guns N’ Roses é uma das últimas megabandas que mandaram na indústria da música. Seus discos já venderam mais de 100 milhões de cópias pelo mundo. Grande parte deste sucesso deve-se à personalidade e ao talento de seu vocalista.

Perguntado sobre qual seria o segredo para conseguir trabalhar tão próximo a Axl nos últimos quatorze anos, o baixista Tommy Stinson fez piada: "Se eu te contasse, teria que te matar quando chegasse aí", brincou, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.

Chamado de "general" por Axl em razão de sua liderança em shows e ensaios, Stinson está na banda desde 1998. Tempo em que se iniciou a produção de Chinese Democracy, o disco da "volta", que só veio à luz uma década depois.

"Foi tudo muito grandioso. Ficamos anos gravando, já demos a volta ao mundo umas três vezes. Algo que provavelmente nunca aconteceu com outro álbum na história", contou.

Stinson explica que a banda tem intenção de gravar um novo álbum, mas desmente boatos de que os trabalhos estariam adiantados.

"Temos bastante coisa gravada. Parece ter coisa boa ali, mas ainda não paramos para ouvir este material. Tudo o que se fala, além disso, não é verdade. A única certeza é que daqui a pouco nós estaremos aí", diz o baixista.

Confronto

Quando conversou com a reportagem, o baixista sofria com os 20 graus negativos no estado de Nova York, onde vive, e se dizia ansioso para começar a turnê tropical que tem início no próximo fim de semana, no México, e também vai passar pela Argentina e pelo Paraguai. Shows com os quais espera satisfazer novos e velhos fãs.

"As pessoas têm curtido ouvir as velhas canções e as novas também. A coisa tem funcionado bem e espero que dê certo aí também. Os shows no Brasil sempre são memoráveis", afirma.

Stinson revela que o repertório do show vai abranger todos os períodos da banda e os grandes sucessos.

"Gosto de tocar as novas canções que ajudei a fazer, mas do repertório antigo tem muita coisa boa. As músicas dos álbuns Use Your Illusion I e II [1992] são muito divertidas de tocar", conta.

Stinson também é baixista, desde a adolescência, do The Replacements, banda de punk rock influente nos anos 1980 e que se reuniu novamente para shows há dois anos. Para ele, é "excitante" poder fazer parte de mundos tão distintos.

"Eu gosto muito disso. Fiz alguns shows este ano com a minha velha banda e vou fazer com o Guns. É quase uma fissura entre dois mundos. Mas eu gosto da posição do confronto, gosto de experimentar coisas diferentes."

Bastidores

Banda quer massagem, toalhas e banquete ambientalmente correto

Toalhas pretas, massagistas e um cardápio farto com pratos de cozinhas típicas de vários países estão entre as exigências do Guns N’ Roses à produção local do show do dia 30 de março em Curitiba.

Preocupação número um da maioria das superestrelas, as toalhas do Guns devem ser pretas, em número de 108, e precisam ficar disponíveis também no palco e em lugares destinados a membros da produção.

A banda também pediu um ambiente reservado com massagista e quiroprático (especialistas em tratamento das articulações) para atender os músicos e outro espaço disponível para que eles levem seus próprios aparelhos de ginástica.

Quanto ao cardápio, a banda pediu uma lista ampla de pratos e especialidades étnicas. Os roqueiros querem comida típica brasileira e churrasco. E também pediram pratos da cozinha asiática, mexicana, tailandesa, indiana e massas italianas. Os pedidos incluem ainda um menu vegetariano, no qual todas as saladas devem conter espinafre e mix de folhas verdes.

Para beber, Axl e os demais integrantes pediram um refrigerante especial: Mountain Drew, vendido apenas nos Estados Unidos.

Consciência

A banda, porém, fez questão de demonstrar que tem preocupação com a preservação do meio ambiente e pediu para que sejam utilizados apenas pratos e talheres não descartáveis.

Todos os ingredientes dos pratos devem ter o selo de comida orgânica, e os demais produtos e materiais recicláveis devem ser itens que promovam a consciência ambiental.

No "Hospitality Room", onde o grupo receberá seus convidados antes e depois do show, só devem ser usadas garrafas recicláveis.

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