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Fábio Jr., um dos cantores românticos de maior sucesso na música brasileira, nem sempre foi bem-sucedido em seus próprios relacionamentos. "A gente aprende a cada dia. Não sei tudo da vida", admitiu o cantor, em entrevista por e-mail à Gazeta do Povo. Há cinco anos, Fábio Jr. disse que colocava a carreira em primeiro lugar, mas hoje - casado pela quarta vez -, a situação mudou. "Também tenho uma família a quem tenho que me dedicar. Consigo conciliar os dois", explicou o músico, que se apresenta nesta sexta-feira (29), em Curitiba, no Teatro Positivo.
Durante os anos, Fábio Jr. acredita que seu público se "renovou", e não ficou apenas em quem ouvia a música "Pai" em 1977. "Vejo muitos jovens indo aos meus shows, filhas das minhas fãs. Tem uma moçada nova que está curtindo o meu trabalho", explicou o músico.
Apesar disso, o músico não se renovou quando a questão é Internet. "Não sou o melhor amigo do computador", admitiu Fábio, que garantiu que nunca fez download de uma canção sua na rede. Para ele, o mercado fonógrafo piorou com a entrada da Internet. "Ninguém mais quer comprar CD original, capa original, encarte. Não tem mais toda aquela preparação", desabafou. "É uma pena, porque tem tantos CDs legais, com qualidade tanto gráfica como musical", explicou.
Fábio Jr. atinge este ano a marca de 34 anos de carreira, durante a qual trabalhou como músico, apresentador e ator. "Não me arrependo de nada na minha vida, e tenho a certeza de que fiz tudo certinho", contou. Em 2009, a prioridade é a música, e o cantor traz aos palcos não só músicas inéditas, mas também novos arranjos de canções que, segundo ele, não podem ficar fora do repertório.
Para o futuro, Fábio Jr. garantiu que não tem planos. "Não sou de planejar o futuro, e as coisas sempre aconteceram na minha vida de uma maneira muito espontânea", contou o músico, que só tem uma certeza: "Quero continuar cantando por todo o Brasil", disse.
Confira a íntegra da entrevista com Fábio Jr.:
Sua carreira musical foi atrelada ao mundo da televisão e dos filmes desde o início. Hoje, muitos atores e atrizes, até mesmo do ramo internacional, partem para a carreira musical, sempre com críticas pesadas por se aventurarem em um ramo que não é o seu. Você acredita que é possível manter um bom nível nos dois campos como ator e como músico?
Eu comecei minha carreira com a música, e a atuação aconteceu naturalmente na minha vida. Acredito que se for feito com dedicação e tiver talento para fazer os dois, por que não? Acho que é possível se dar bem nas duas carreiras.
Há algum trabalho em sua carreira do qual você se arrepende?
Não me arrependo de nada na minha vida, pelo contrário. Quando olho para trás e vejo tudo que conquistei até hoje, agradeço e tenho a certeza de que fiz tudo certinho.
Sua turnê 2009 traz novos arranjos a sucesso antigos de sua carreira. Como foi o processo de atualização destas canções?
Tem algumas canções que não posso deixar de cantar, então, modificamos os arranjos para ficar com outra "cara". Demos uma "atualizada" e ficou bem legal. Mas neste novo show estou com cenário novo e iluminação também, só o cantor que é o mesmo (risos).
Você viveu em meio à transformação da indústria da música. Como você avalia o ramo musical hoje em dia melhor ou pior do que antigamente? Quais são os pontos positivos e negativos do mundo da Internet, da transferência de músicas pela rede, do esquecimento dos CDs?
O mercado fonográfico sofreu um "baque" violento nos últimos anos, e muita coisa mudou. Agora é vez da internet. Acho que hoje está pior, porque ninguém mais quer comprar o CD original do artista, com a capa original, com o encarte. Então não tem mais toda aquela preparação, e o número de vendas de CD caiu muito hoje em dia, o que é uma pena. Têm muitos CDs legais com qualidade tanto gráfica como musical. Sem falar nos direitos autorais que deixam de ser recolhido.
Você já baixou alguma música sua na Internet?
Eu não, não sou o "melhor amigo" do computador (risos).
Hoje, aos 55 anos, você ainda se considera um galã?
Nunca me considerei, são as pessoas que me consideram (risos).
Como você conquista novos fãs em meio aos jovens que tomam conta das paradas de sucesso? Você acha que o interesse em suas músicas parte mais dos seus fãs de anos, ou ainda é possível conquistar novos?
Isso é bem interessante na minha carreira. Hoje vejo muito jovem indo aos meus shows, filhas das minhas fãs. Agora estou "renovando" este público. Isso é bem bacana, continuo com o público que me acompanha há anos, mas também tem uma moçada nova que está curtindo meu trabalho.
Você é um dos cantores românticos de maior sucesso no Brasil, com um público, em sua maioria, feminino. No ramo pessoal, você já teve uma série de altos e baixos, todos bastante evidenciados pela mídia. Atualmente, você considera que seu coração está sossegado? Qual foi a maior loucura que você já fez por amor? Você se arrependeu?
Hoje eu digo que meu coração está sossegado. Estou muito feliz.
Hoje, você se considera um homem maduro? O que ainda tem que aprender quando o assunto é relacionamentos?
A gente sempre aprende, a cada dia. Estou sempre estou aprendendo. Não sei tudo da vida.
Em uma entrevista que você deu há cerca de cinco anos, você disse que nunca deixou uma relação se aprofundar porque a carreira sempre ficou em primeiro lugar. Hoje, casado, qual é a sua prioridade: a família ou a música?
Os dois. Tenho minha carreira e minha mulher entende isso. Tenho que dar atenção e dedicação à ela. Mas também tenho uma família a que tenho que me dedicar. Consigo conciliar os dois.
O que você ainda não fez, mas gostaria de fazer no ramo musical? O que pretende fazer no futuro?
Não sou de planejar muito no futuro. As coisas aconteceram na minha vida de uma maneira muito espontânea. A única coisa que posso dizer é que quero continuar cantando por todo o Brasil.
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