A presença de três curadores brasileiros na ARCO – Feira de Arte Contemporânea deste ano não foi sem razão. O país é o convidado para a edição de 2008 da feira espanhola, quando uma centena de galerias nacionais ocupará sem custos um espaço de mil metros quadrados, inaugurando dois novos pavilhões. "O Brasil é um dos países mais cobiçados no mercado mundial de artes. Estão apostando no sucesso que essa participação massiva do país trará para a feira", afirma Moacir dos Anjos, o curador da seção "Proyectos" em 2007 e que no próximo ano dividirá a curadoria da mostra brasileira com o crítico, professor e pesquisador paulista Paulo Sérgio Duarte.

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Ex-diretor do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), em Recife, Moacir dos Anjos comenta que o número maior de galerias brasileiras presentes nesta edição foi uma "espécie de aperitivo". A convite do Ministério da Cultura, ele e Paulo Sérgio Duarte inverterão o processo normal do evento com a seleção de artistas – e não galerias – para a próxima feira em Madri. "Achamos mais correto, porque os critérios para seleção de galerias são mais complicados. Em cada galeria existem 20 ou 30 artistas e nós estamos de acordo apenas com uma parcela", justifica. A definição das galerias participantes será conseqüência.

A capital paranaense deve estar entre as cidades de onde partirão os artistas rumo à Espanha. "Imagino que tanto Curitiba quanto Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife, além de outras cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, estarão representadas. A idéia é ser o mais amplo possível", enfatiza o curador, preocupado com a descentralização que permita uma amostra menos restrita do mercado artístico nacional. O trabalho da curadoria ainda está em fase de prospecção.

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Entre julho e agosto, o ministério deve lançar o projeto, com as galerias e parcerias realizadas com outras instituições espanholas. Serão cerca de dez exposições paralelas.