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A expectativa era muito grande da crítica e de uma parcela do público mais antenado no cinema nacional com relação ao lançamento de Árido Movie, filme que chega hoje a Curitiba. A ansiedade se explicava pelo fato do diretor pernambucano Lírio Ferreira ter co-dirigido em 1996, ao lado de Paulo Caldas, o vibrante Baile Perfumado, um dos marcos iniciais da retomada do cinema brasileiro.É uma história confusa à primeira apreciação, mal dividida em três núcleos de personagens e tramas. Primeiro, há Jonas (o ator curitibano Guilherme Weber, Foto), homem que apresenta a previsão do tempo em um jornal de tevê em São Paulo. Ele volta à sua cidade natal no interior de Pernambuco para o enterro do pai (Paulo César Pereio), assassinado por um indígena (Luiz Carlos Vasconcelos). Como manda a tradição local, a família quer que o rapaz vingue a morte do velho, mas ele reluta em fazer o "serviço". Há Soledad (Giulia Gam), mulher que vai ao sertão para encontrar o místico Meu Velho (José Celso Martinez Corrêa), ligado aos índios liderados por Zé Elétrico (José Dumont). E há o trio de amigos de Jonas, formado por Bob (Selton Mello), Vera (Mariana Lima) e Falcão (Gustavo Falcão), que garante o humor da fita procurando o tempo todo por uma certa erva especial.

Em certos momentos, o filme parece só funcionar na cabeça de seu diretor e de alguns participantes do projeto. Mas uma segunda conferida pode mudar a opinião do espectador, como aconteceu com alguns críticos que passaram a elogiar a película depois de sua vitória no Cine PE 2006 – relacionando a questão de uma visão particular do filme sobre o Nordeste e o sertão, temas que ainda despertam verdadeira fascinação (cega, às vezes) em muita gente de cinema. GG1/2

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