Não bastasse abrigar a exposição fotográfica Oscar Niemeyer 360º, o Museu Oscar Niemeyer (MON) recebe mais uma mostra que celebra a obra do principal arquiteto brasileiro, prestes a completar um centenário de vida, no dia 15 de dezembro deste ano. Oscar Niemeyer Arquiteto, Brasileiro, Cidadão, porém, apresenta um acervo muito mais amplo e, ao mesmo tempo, pessoal.
Concebida em família, com a curadoria do enteado de Niemeyer, Marcus Lontra, fotografias de Kadu Niemeyer, neto do arquiteto, e sugestões do próprio homenageado, a exposição percorre suas fases de criação, a começar pelos "arroubos" do complexo da Pampulha.
O segundo momento é definido pelo curador como "mais orgânico" a Casa das Canoas e o prédio do Copan, por exemplo. Em seguida, vem a construção de Brasília, fase em que descobre "a força do elemento simbólico".
A quarta etapa, segundo Lontra, deriva das viagens ao exterior, que colocam Niemeyer em contato mais direto com os grandes mestres da arquitetura dos séculos anteriores daí surgiram prédios como o Partido Comunista Francês e a Universidade de Constantine, na Argélia. Por fim, a "fase madura" é dedicada à construção de centros culturais e museus, como o próprio MON, em que o caráter simbólico retorna, já não mais pelo viés político, mas pelo artístico.
A trajetória arquitetônica, representada principalmente por fotografias, desenhos e maquetes, é contextualizada em um painel da história política do país, ilustrado com pequenas imagens das obras criadas pelo arquiteto a cada período. O seu posicionamento político também aparece em monumentos como Tortura Nunca e Antônio Tavares Pereira (ao MST).
Há ainda uma área ocupada por esculturas e pinturas de outros artistas, como Tomie Ohtake e Bruno Giorgi, que dialogam com as formas e conceitos do arquiteto.
A exposição se torna mais pessoal pelo conjunto de textos escritos por Niemeyer e seus admiradores. Ferreira Gullar, por exemplo, diz: "Oscar nos ensina que a beleza é leve".
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Serviço: Oscar Niemeyer Arquiteto, Brasileiro, Cidadão. Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999), (41) 3350-4400. Terça a domingo, das 10h às 18h. Ingressos a R$ 4 (adultos), R$ 2 (estudantes) e livre (até 12 anos, maiores de 60 e escolas públicas agendadas). Até 2 de dezembro.
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