Mostra 2013
Horses Hotel
Guairinha. Dias 5 e 6, às 21 horas. R$ 60 e R$ 30 (meia-entrada).
Fringe
Veja os destaques de hoje na mostra paralela:
Histórias de Animais para Outros Que Tais: Teatro Eva Herz (Livraria Cultura do Shopping Curitiba). Hoje, às 12 horas. Entrada franca. Tragicomédia portuguesa de Isabel Fernandes Pinto em forma de cordel que retrata as angústias de animais.
Por Que Não Estou Onde Você Está: Teatro HSBC. Dias 4 e 5, às 18 e 21 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Espetáculo baseado na obra de Jonathan Safran Foer com oito indicações ao Troféu Gralha Azul.
Pequenas Coisas Grandes: Miniauditório do Guaíra. Hoje, às 15 horas. R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). Adaptação de Os Cadernos de Malte Laurids Brigge, do escritor tcheco Rainer Maria Rilke.
Na Casa de Van Gogh: Teatro Cléon Jacques. Hoje, às 15 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Atores se revesam para contar a vida e obra do pintor holandês.
Zero (a postscript to the anarchist cookbook foto no alto): Teatro Universitário de Curitiba (TUC) (Galeria Julio Moreira Largo da Ordem). Hoje, às 16 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Monólogo com o ator norte-americano Brian Townes, em inglês (sem legendas) revela algo não consciente no ser humano.
A Noite Devora Seus Filhos: Teatro Novelas Curitibanas. Hoje, às 17 e 19 horas. R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada). Uma mulher conta histórias de pessoas que cruzaram seu caminho desde a infância.
Estudiosa dos movimentos sociais e musicais das décadas de 1970 e 80, a atriz carioca Ana Kutner sempre desejou levar aos palcos um trabalho que tratassse dos aspectos afetivos que envolvem as trajetórias artísticas de grandes ícones da contracultura. Ao mesmo tempo em que criavam, esses artistas cultivavam afetos e testavam novas formas de se relacionar com seus parceiros e amigos, tornando vida e arte dois elementos indissociáveis.
Esta é a origem de Horses Hotel, espetáculo que faz sua estreia nacional nesta sexta-feira, 5, no Guairinha, dentro da programação da Mostra 2013 do Festival de Teatro. Com texto de Alex Cassal, que divide a direção com a irmã de Ana, Clara Kutner, a peça revela as visões de mundo de três jovens artistas uma poeta, um guitarrista e um ator , integrantes de um triângulo amoroso e moradores de um mesmo hotel. "Sempre tive vontade de falar do momento em que se começa um processo artístico, em que se inicia uma carreira. Há tempos estudo os movimentos dos anos 1970 e 80 e os lugares por onde transitavam os artistas daquela época, como o Studio 54 e o Chelsea Hotel [ambos em Nova York, nos Estados Unidos]. A peça trata de um momento de encontro entre artistas que repensaram o mundo e seus afetos", conta Ana, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.
Referências
Nesse contexto, é inevitável não pensar na figura da cantora, compositora, poeta e artista visual norte-americana Patti Smith. Hoje aos 66 anos, Patti foi uma das figuras mais marcantes que circularam pelo underground nova-iorquino nos anos 70. Foi nesse ambiente que ela deu início à sua trajetória artística, ao lado do amigo e fotógrafo Robert Mapplethorpe (1946-1989), convivência narrada na autobiografia Só Garotos (Companhia das Letras, 2010), que serviu de referência para Horses Hotel. "A Patti Smith está dentro de mim e de minha personagem, junto com vários outros artistas. Ela é uma inspiração como mulher. Mas é importante dizer que a peça não é uma adaptação de seu livro", frisa Ana, revelando ter tido problemas jurídicos com a editora norte-americana, que a procurou achando tratar-se de uma adaptação da história para o teatro.
A Música e a Cena traça panorama com simplicidade
O espetáculo A Música e a Cena, que fez sua estreia nacional na terça-feira e teve reapresentação ontem, apostou na simplicidade da montagem e na interpretação teatralizada da cantora Cida Moreira para traçar um panorama do teatro musicado brasileiro por meio de suas maiores canções. Ambientado em um cenário de bastidores, com poucos elementos e painéis de projeção, o show se desenvolve cronologicamente, passando por canções de musicais da primeira metade do século 20, do teatro político dos anos 1960 e de montagens do fim do século 20. As interpretações marcantes de Cida, intercaladas pela leitura de textos e fragmentos de áudio, foram amparadas por uma execução competente dos arranjos de Alexandre Brasolim para piano, bateria, cordas e clarinete. (RRC)
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