O artista curitibano Jack Holmer fez as esculturas tecnológicas de seu “Manifesto Anti-Gravidade” flutuarem no céu frio e azul do Wyoming, oeste dos Estados Unidos na última quinta-feira (28)
A instalação foi o resultado final do processo de residência artística de Holmer no Teton Art Lab.
Holmer passou todo o mês de janeiro de 2016 desenvolvendo as obras “Manifesto Anti-Gravidade”, projeto em que o artista brinca com as leis da física criando esculturas que flutuam em balões de hélio e interagem com o público através de um sistema eletrônico.
O artista trabalha com uma linguagem “poéticas tecnológicas” em que cria robôs e objetos não-humanos para intervir afetivamente com as pessoas.
O “Manifesto Anti Gravidade” é uma obra que começou a ser desenvolvida em 2014, quando Holmer realizou testes com câmeras de vídeo presas em balões de hélio que flutuaram a 100 metros de altitude do cume do Morro da Palha em Campo Magro.
Destas experiências foram desenvolvidos as esculturas leves, feitas de canudinhos de refrigerante, que são costuradas para formar a a silhueta final.
O processo que Holmer desenvolveu nos Estados Unidos passa desde a modelagem da forma do corpo humano em softwares “3D”, passando pela simplificação da forma em “Low Poly”, a impressão em papel da forma escultórica, até a construção da escultura final em canudos de plástico branco costurados delicadamente a mão entre si.
Depois, a escultura é presa através de fios em um grande balão de hélio, que a suspende no ar. Na parte de baixo a escultura é presa a um aparato eletrônico que mede a distância que o público esta da obra.
“Dependendo do movimento das pessoas em frente a obra a escultura desce e sobe, em movimento sutís, interagindo com os observadores. A obra em cores brancas quase se camufla na paisagem nevada da cidade”, explica Holmer.