A 22.ª edição da Bienal Internacional de Curitiba – que acontece de 3 de outubro a 23 de dezembro –, terá pela primeira vez um programa de Residência Artística, proposto pela Galeria Teix (que esse ano passa a integrar o ciclo oficial da Bienal).
Três artistas serão escolhidos por uma comissão e cada um deles ocupará o espaço individualmente, por 15 dias.
Ao fim da experiência, uma mostra coletiva com os selecionados acontecerá na Teix, além da formatação de uma publicação com os trabalhos; em 2016, cada um fará uma individual na galeria.
“O objetivo da experiência é a troca, o entendimento do artista sobre o próprio espaço. Nosso objetivo também é descobrir novos talentos”, diz a proprietária da Teix, Jô Maciel.
Para participar, o artista deve enviar a proposta de trabalho da residência, até 15 de maio, em um texto de até três páginas (veja detalhes no serviço), que deve estar de acordo com o tema da Bienal, “Luz do Mundo.”
O documento precisa conter a concepção da obra, especificação de materiais e equipamentos, planilha orçamentária e informações adicionais que o participante julgue necessária.
Os projetos devem ser encaminhados, exclusivamente via e-mail, até o dia 15 de maio para o endereço: residenciateix.bienal@gmail.com. Outras informações pelo telefone (41) 3018-2732.
Durante a estadia, cada artista selecionado receberá uma bolsa de apoio no valor de R$ 600. Também serão cobertos os custos com materiais, equipamento e alimentação.
As ocupações começam no dia 8 de junho, e seguem até 17 de julho. A partir de agosto, os três artistas trabalharão juntos na concepção da mostra coletiva, que inaugura junto com a Bienal.
O curador do projeto, o artista visual, professor de Processos Criativos em Imagens da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), e editor da Quase Editora, Roberto Pitella, ressalta que os projetos não precisam ser apenas de profissionais ligados às artes visuais.
“São para pessoas que tenham uma proposta de arte. Seria fascinante termos um poeta na galeria, por exemplo”, diz.
Pitella, cujas obras estão em acervos de museus como o Ludwig Museum, da Alemanha, acredita que a residência é uma das vivências mais instigantes no processo artístico.
“É uma experiência única. Se descolar de seu ambiente de trabalho, por si só, já te coloca em uma situação bem interessante. E a galeria estará aberta ao público, que poderá ver o artista trabalhando, conviver com ele e trocar ideias.”
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