Contrariando as regras do mercado tradicional, um investidor, uma artista plástica e um designer criaram um negócio social que funciona sem burocracia,com o propósito de valorizar, essencialmente, jovens artistas. Não é necessário ter um vasto portfólio, nem ser formado por em grandes centros de arte. O único requisito é fazer obras com histórias marcantes.
Unindo múltiplas linguagens em obras que dialogam com o público, acontece neste fim de semana (6 e 7) a 1ª Mostra Amálgama de Valorização Artística de Curitiba. Além de mostrar o trabalho dos artistas à comunidade, todas as obras estarão à venda, com valores entre R$ 50 e R$ 700. A exposição vai até 31 de agosto.
Ao todo, 18 artistas levam fotografias, litogravuras, pinturas e colagens ao Espaço Moko, inaugurado há menos de um mês na Rua Trajano Reis, 120. O ambiente boêmio e jovial das esquinas no São Francisco inspiraram o investidor Fernando Kuwahara a criar o novo espaço, com a proposta de ser uma vitrine dos jovens artistas locais ainda em formação. “Expomos produtos autorais que não são reconhecidos e feitos por artesãos locais”, diz Fernando. A curadoria também é feita de modo alternativo: os artistas são conhecidos através de grupos de arte nas redes sociais e enviam foto dos trabalhos que gostariam de expor.
A proposta propiciou que Christiana Vieira, de 21 anos, expusesse pela primeira vez. “Eu costumava dar as minhas colagens para amigos ou deixar como decoração em casa. Agora decidi mostrar meu trabalho para outras pessoas”, conta. A colagem ainda é um trabalho paralelo na vida de estudante de arquitetura e urbanismo que está descobrindo o mercado. “Mesmo se as minhas duas colagens não venderem, eu não vou ficar desestimulada. Meu objetivo é sensibilizar quem vir o meu trabalho”.
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Pós-Poste : Instalação fotográfica do artista Andre Nacli observando como a cidade responde às novas intervenções do homem. A exposição está no Museu da Fotografia.
Sobre Águas: exposição multimídia composta por fotografias, vídeos e áudios que, juntos, desafiam a realidade . O trabalho do artista Marco Giacomelli está no Muma.
O trabalho de litogravura de Julia Kobus conta histórias surpreendentes. A obra “Queens of Spades” (que na tradução literal é “Rainhas de Espadas”) compõe uma série intitulada “autorretrato”, feita para um trabalho acadêmico. A curitibana diz que “não se trata de uma relação figurativa, mas sim de significação, uma vez que expressa situações e emoções pessoais”. Todas as obras da série mostram o corpo feminino e apresentam vários elementos da anatomia. Contudo, a obra que estará em exposição tem um significado especial: retrata a relação ora conturbada, ora muito afetiva, entre mãe e filha.
“Fio de cobre” é a obra mais cara. Avaliada em R$ 700, a foto de Fabiana Caldart foi feita durante a festa de São João, em julho deste ano. As labaredas da fogueira foram capturadas pela fotógrafa em uma séria de cinco fotos, mas só uma delas estará exposta. O trabalho que foca no detalhe dá margem ao imaginário. Para ela, “as labaredas parecem fios de cobre ou uma “chuva de meteoros”.
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