Se hoje é comum o artista se desdobrar em várias áreas, Lia Comandulli é um exemplo de multiprofissional que há 30 anos vem desenvolvendo seus múltiplos talentos. Formada pela escola do Balé Guaíra e hoje professora da mesma instituição, ela também faz trabalhos como atriz, coreógrafa, diretora de produção e assistente de direção.
As três décadas de investimento nos palcos serão comemoradas nesta quarta-feira (17), com uma exposição e apresentação de dança num evento para convidados. Trata-se de um camarim cenográfico e de um dueto intitulado “Cabaré”, bem ao estilo sensual que o nome evoca, lembrando a arte dos anos 1930.
Do início da carreira, ela traz um exemplo de como oportunidades concedidas por educadores perspicazes podem abrir caminhos de formação para o futuro. “Minha primeira coreografia, eu criei aos 10 anos”, diz Lia.
Aluna de um colégio de freiras, a ela era requisitado que criasse pequenos espetáculos acadêmicos – tarefa na qual se especializou mais tarde, no ateliê de coreografia do Balé Guaíra.
A profissão de bailarina a levou a um aperfeiçoamento no Joffrey Ballet School, do American Dance Center, em Nova York. Com a dança, um dos destaques da carreira foi o celebrado “O Grande Circo Místico”, que o Guaíra produziu com música de Chico Buarque e Edu Lobo.
Em Portugal, trabalhou em musicais do canal holandês Endemol Entertainment [o mesmo que criou a franquia do Big Brother], após ferrenha seleção. No mesmo país, produziu um musical infantil para o Teatro Trindade, nos anos 90.
Meu sonho é continuar a vida de artista sempre bem e trabalhando com qualidade.
Foi aos 18 anos que o chamado de atriz também soou e, desde então, tem trabalhado em produções como “Ao Redor”, de 2013, na seara do teatro físico. Também produziu concertos didáticos para a Orquestra Sinfônica do Paraná.
Hoje, na escola do Balé Guaíra, Lia ensina dança contemporânea, em sintonia com sua experiência. Também coreografa algumas das apresentações dos alunos.
Questionada sobre seu sonho no momento, Lia é bastante realista – uma qualidade em escassez. “Continuar minha vida de artista sempre bem e trabalhando com qualidade”, espera. “Sempre quis que tudo saísse perfeito.”
Em tempo: Lia é filha de Clemente Comandulli (1927-1975), que foi cronista esportivo da Gazeta do Povo.
Clima e super-ricos: vitória de Trump seria revés para pautas internacionais de Lula
Nos EUA, parlamentares de direita tentam estreitar laços com Trump
Governo Lula acompanha com atenção a eleição nos EUA; ouça o podcast
Pressionado a cortar gastos, Lula se vê entre desagradar aliados e acalmar mercado
Deixe sua opinião