Morreu nesta quarta-feira (29), aos 82 anos, a artista plástica curitibana Anna Mariah Comodos. Ela estava internada devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido na última quinta-feira. O velório acontece a partir das 6 horas de quinta-feira (30) no Cemitério Municipal e o sepultamento será às 15 horas.
Anna Maria Prince Comodo nasceu em Curitiba em 1932. Ela se formou na primeira turma da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, em 1951 e, no mesmo ano, obteve a terceira colocação no Salão de Belas Artes da Primavera.
Após terminar a faculdade, casou-se e mudou para o Rio de Janeiro, interrompendo o trabalho como artista. Somente em 1984 retoma a atividade artística. Em 1987 é premiada no 44.º Salão Paranaense, repetindo o feito em 1992. Em 1991 foi a artista convidada da 3ª Bienal Internacional de Óbidos (Portugal).
Trajetória
Anna Maria (o nome só foi alterado na década de 90) nasceu em Curitiba, em 1932.
Começou seus estudos na Escola de Música e Belas Artes aos 17 anos. Poucos anos depois, é premiada com a 3.ª colocação no Salão de Belas Artes da Primavera de 1951, mas interrompe o trabalho como artista. A volta às exposições só acontece em 1984, em duas mostras coletivas.
Em 1987, é premiada no 44.º Salão Paranaense, o que volta a acontecer em 1992, na 49.ª edição do prêmio.
Em duas décadas de carreira, Anna Mariah participou de diversas exposições coletivas (como a mostra Panorama da Arte Paranaense) e individuais.
Anna Mariah Comodos ingressou nas artes pelas aulas da Escola de Música e Belas Artes (EMBAP), onde teve professores como Guido Viaro e João Turin e, depois de três décadas afastada, projetou-se nas artes visuais no fim dos anos 80.
Os primeiros trabalhos de Anna Mariah foram principalmente colagens e assemblagens – técnicas que, segundo Mesquita, não serviram apenas como procedimento plástico, mas também estavam relacionadas ao conceito de combinar idéias e momentos históricos diferentes em superfícies fragmentadas.
“Comecei com arte contemporânea, fazendo colagens, fui para a obra bidimensional e depois para a tridimensional”, disse Anna Mariah em entrevista à Gazeta do Povo em 2007. Nessas duas décadas de criação artística, ela reuniu seu trabalho em séries, como “Cão sem Plumas”, inspirada no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto, “Mariscos”, na qual a artista partiu de folhas de jornal pintadas em tons escuros e dobradas na forma dos animais marinhos.
As experiências com o náilon marcaram as obras mais recentes da artista, que também flertou com o audiovisual.
Três obras dela estão no MON, além de outros trabalhos em coleções, como a do Museu de Arte Contemporânea de Óbidos (Portugal) e Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Em 2007 ela lançou um livro sobre sua trajetória artística, intitulado “Anna Mariah Comodos”.