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Primeira obra elaborada para o Clube de Colagem Curitiba | Alan Amorim e Juliana Coelho/Divulgação
Primeira obra elaborada para o Clube de Colagem Curitiba| Foto: Alan Amorim e Juliana Coelho/Divulgação

“Se são as plumas que fazem a plumagem, não é a cola que faz a colagem”. Com essa frase, Max Ernest (1891-1976), pintor surrealista alemão (naturalizado norteamericano e francês), refletia sobre a profundidade das possibilidades criativas e do resultado da collage. São texturas, cores, formas cuidadosamente sobrepostas explorando a pluralidade de diversos objetos segundo uma mesma linguagem artística. E é isso que o público vai poder conferir na 1ª Exposição CCC que ganha espaço no Sesc Centro a partir da próxima sexta (1º) e permanece aberta ao público até o dia 29 de julho.

Inspirado em uma iniciativa que tem seu berço em Sidney, Austrália, o Clube de Colagem Curitiba nasceu de um esforço conjunto dos artistas Alan Amorim, Bomju, Mário de Alencar, Adriano Catenzaro e Cintia Ribas com o objetivo de organizar encontros e exposições periódicas onde pudessem colocar-se em contato com outros artistas dedicados à linguagem da colagem, trocando referenciais artísticos e consolidando a cena.

Segundo Amorim, “o que atrai na colagem é justamente o seu caráter democrático. Por não existir uma delimitação precisa sobre o que é, de fato a colagem, muitos processos podem ser experimentados e muitas pessoas, até mesmo não artistas, podem ser atraidas por ela”, comenta.

Uma reformulação de uma mostra experimental realizada no Atelier Soma, o evento oficial reúne trabalhos de 43 artistas da cena local que, a exemplo de grandes nomes como Georges Braque ou mesmo Pablo Picasso e Hélio Oiticica se dedicam à experimentação de novas possibilidades de expressão artística através de plataformas pouco convencionais.

Serviço

1ª Exposição CCC

Abertura: 01/07/2016, às 19h

Em cartaz: até 29/07/2016

Local: SESC Centro (Rua José Loureiro, 578 - Centro

Entrada gratuita

Leandro Catapam, um dos artistas que compõem a mostra, destaca o potencial de “recriação e ressignificação de elementos dentro da semiótica e transposição de signos que a utilização dessa técnica oferece”, o que deixa a interpretação das obras bastante abrangente e atrativa.

Entre os artistas convidados a apresentar seus trabalhos, 37 deles foram selecionados via edital aberto, enquanto o restante passou pelo crivo da comissão organizadora do Clube de Colagem de Curitiba.

Para este primeiro encontro, não existe um fio condutor conceitual, sendo a linguagem o ponto focal. No decorrer das atividades, a organização prepara encontros e mostras temáticas.

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