Visitantes do Museu Guggenheim podem utilizar privada de ouro em caso de necessidade

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Obra controversa

Conheça oito curiosidades a respeito de “América”, o vaso sanitário de ouro no Museu Guggenheim:

Como surgiu a obra

O escultor Maurizio Castelan já estava aposentado há cinco anos do ofício quando decidiu fazer “América”. A privada foi construída em Florença com ouro 24 quilates maciço, mas teve que ser adaptada para poder ser instalada no toalete do 5º andar do Museu Guggenheim.

Sim, é possível usá-la

A privada é um clássico da arte contemporânea e foi o ícone do dadaísmo com a obra “Fonte” de Marcel Duchamp, em 1917. No Guggenheim, a privada fica em um local fechado para que o visitante possa, de fato, utilizá-la com privacidade.

Modo de usar

Instalada em um local onde normalmente se lê “não toque”, o banheiro improvisado tem papel higiênico, lavabo, higienização a cada 15 minutos e um segurança na porta do “banheiro” improvisado. Para evitar que uma fila se forme e atrapalhe a experiência dos demais visitantes, o museu estabeleceu algumas regras para a utilização da privada de ouro:

1.É permitido a entrada somente de uma pessoa por vez.

2.Não é permitido entrar com sacolas ou bolsas.

3.O tempo máximo permitido é de 5 minutos por visita.

Qual o objetivo disso?

Segundo a direção do museu, o objetivo é gerar uma experiência singular e individual em cada visitante. ”A instalação foi projetada para que o visitante interaja de forma íntima, incomum e muito particular com a obra. É um trabalho sem precedentes”, justifica.

Quanto custa para usar a privada?

O Museu Guggenheim é uma referência de espaço de arte no mundo. Construído em 1959 por Frank Lloyd Wright — considerado um dos arquitetos mais importantes do século XX por projetar mais de mil construções pelo mundo — o museu é facilmente reconhecível pelo prédio oval em frente ao Central Park, entre a 5º Avenida e a Rua 88, na ilha de Manhattan. Os ingressos para a entrada custam US$ 25 (cerca de R$ 80) para adultos e US$ 18 (cerca de R$ 60) para idosos ou estudantes.

O que diz o criador

“A privada mostra os excessos do mercado da arte, mas também fala sobre o sonho americano de oportunidade para todos. Além disso, serve para lembrar das inescapáveis necessidades físicas que toda a humanidade tem”, afirma Maurizio Cattelan.

Trabalhos ousados

A imprensa internacional classifica a obra “América” como “um trabalho inusitado e excepcional”. O escultor italiano, porém, é conhecido no mercado de arte pelas obras provocativas. Maurizio é o autor da imagem “La Nona Ora” em que mostra o Papa João Paulo II esmagado por um meteoro.

Relação com o público

“Disponibilizo ao público um produto de luxo extravagante aparentemente destinada a 1 % da população mundial”, completa o escultor sobre a obra.